quinta-feira, 20 de março de 2014

Obama: Quem vocês pensam que são?!!!

Charge do Aroeira

Satélite Amazônia-1 entra na fase final de integração

Com informações do INPE

Satélite Amazônia-1 entra na fase final de integração
Cada propulsor tem empuxo de 5 newtons.[Imagem: INPE/Divulgação]
Olho no desmatamento
O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) testou com êxito os propulsores que serão usados pelo satélite Amazônia-1.
Previsto para ser lançado em 2016, o Amazônia-1 terá uma câmera óptica de visada larga capaz de gerar imagens do planeta a cada quatro dias.
Essa revisita rápida aos mesmos locais permitirá a melhoria nos dados de alerta de desmatamento na Amazônia. O Amazônia-1 também fornecerá imagens frequentes das áreas agrícolas brasileiras.
Propulsores
Os propulsores, cada um com 5 newtons (N) de empuxo, são utilizados nas manobras no espaço, necessárias para o posicionamento e manutenção das órbitas do satélite.
Os testes foram realizados em bancada, no Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA) do INPE.
O subsistema de propulsão da Plataforma Multimissão, que é a base sobre a qual o Amazônia-1 foi construído, foi desenvolvido pela empresa brasileira Fibraforte, com a coordenação de engenheiros do instituto.
O subsistema completo é composto por seis propulsores, tanque de propelente e válvulas para controle dos propulsores e para carregamento do tanque, com as respectivas tubulações e seus acessórios. O tanque é carregado com hidrazina anidra, pressurizada com nitrogênio ultrapuro.
Plataforma Multimissão
A Plataforma Multimissão (PMM) é uma plataforma genérica para satélites na classe de 500 kg.
Com massa de 250 kg, ela provê os recursos necessários, em termos de potência, controle, comunicação e outros, para operar uma carga útil de até 280 kg em órbita.
O INPE se prepara agora para as atividades de integração - a montagem de todos os componentes - e os testes finais do Amazônia-1.
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Detector de emoções torna dirigir mais seguro

Redação do Site Inovação Tecnológica 

Detector de emoções torna dirigir mais seguro
O grande desafio é detectar a irritação, que geralmente torna os motoristas mais agressivos e sem atenção. [Imagem: EPFL-PSA]
Irritação de motoristas
Em 2006, pesquisadores apresentaram o primeiro programa de computador para detectar as emoções dos motoristas.
As propostas vão desde emitir alertas para fazer o sujeito "cair na real", atétransferir o controle do carro para um copiloto inteligente.
Agora esses detectores de emoções estão se aproximando do uso real, conforme pesquisadores do Instituto Politécnico Federal de Lausanne, na Suíça, associaram-se com a PSA Peugeot Citroën para fazer os primeiros testes da tecnologia em ambiente real de tráfego.
O programa, chamado LTS5, usa uma câmera infravermelha colocada atrás do volante. A câmera de infravermelho funciona também no escuro, evitando incomodar o motorista com algum tipo de iluminação.
O programa, como vários outros antes dele, já consegue detectar, a partir da análise das expressões faciais, várias emoções, como medo, raiva, alegria, tristeza, nojo, surpresa e suspeita.
No caso dos motoristas, contudo, há uma grande necessidade de detectar a irritação, que geralmente torna os motoristas mais agressivos e sem atenção.
Ocorre que cada pessoa expressa irritação de uma forma bem particular, o que torna difícil sua detecção.
Hua Gao e Anil Yüce encontraram uma solução mesclando as avaliações de raiva e desgosto.
A seguir, eles tiveram que otimizar os algoritmos para que eles rodem rapidamente em um dispositivo que possa ser incorporado no painel do carro.
Apesar dos bons resultados - a irritação é detectada corretamente na maioria dos casos - os pesquisadores estão planejando incluir no sistema uma capacidade de atualização em tempo real.
Segundo Gao, eles pretendem criar uma espécie de interface homem-máquina autodidata, que possa complementar a base de dados estática que a versão atual do programa usa.
A equipe também está incorporando funções para detectar o cansaço do motorista, o que é feito avaliando continuamente o nível de fechamento das pálpebras, e até reconhecimento de voz.
Até lá, a equipe está animada com a possibilidade de usar a tecnologia em outras aplicações, incluindo videogames, exames médicos e marketing.

Chip de raios T deixa raios X mais próximos da aposentadoria

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/03/2014

Chip de raios T deixa raios X mais próximos da aposentadoria
O chip de raios T mais do que dobrou a potência obtida anteriormente com os lasers de cascateamento quântico. [Imagem: University of Leeds]
Radiação terahertz
radiação terahertz, vista como a sucessora não ionizante dos raios X, parece ter finalmente chegada às portas da utilização prática.
As ondas terahertz - também conhecidas como raios T - que se encontram na parte do espectro eletromagnético entre o infravermelho e as micro-ondas, podem penetrar materiais que bloqueiam a luz visível, mas sem os danos impostos pela radiação ionizante, como os raios X.
Sua ampla gama de possíveis usos inclui análises químicas à distância, imagens médicas de alta resolução e telecomunicações de alta velocidade.
Agora, pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, conseguiram miniaturizar um emissor de raios T que atingiu uma potência acima de 1 Watt - isso é mais do que o dobro do que havia sido obtido anteriormente em um dispositivo não tão compacto.
"Embora seja possível construir instrumentos grandes que geram poderosos feixes de radiação terahertz, estes instrumentos são úteis apenas para um conjunto limitado de aplicações. Precisamos de lasers terahertz que não apenas ofereçam alta potência, mas também que sejam portáteis e de baixo custo," disse o professor Edmund Linfield, coordenador da equipe.
Coube a Lianhe Li construir o chip, usando lasers de cascateamento quântico com poucos milímetros quadrados de área.
"O processo para construir esses lasers é extraordinariamente delicado. As camadas de diferentes semicondutores, como arseneto de gálio, são construídas uma monocamada atômica de cada vez. Nós controlamos a espessura e a composição de cada camada individual de forma muito precisa, e construímos um material semicondutor com algo entre 1.000 e 2.000 camadas," explicou Linfield.
O progresso obtido deveu-se justamente ao aprimoramento na fabricação dessas camadas.
A expectativa é que, conforme esses processos são melhorados, as fontes de raios T fiquem menores e cada vez mais potentes, finalmente incorporando a promissora radiação terahertz em tecnologias disponíveis para a sociedade.
Bibliografia:

Terahertz quantum cascade lasers with >1 W output powers
Lianhe Li, Li Chen, Jingxuan Zhu, J. Freeman, P. Dean, A. Valavanis, A.G. Davies, E.H. Linfield
Electronics Letters
Vol.: 50, pp.309-311
DOI: 10.1049/el.2013.4035

sexta-feira, 14 de março de 2014

O HOMEM QUE CALOU O GOVERNO E O BRASIL!!


ELE FALA POR MILHÕES DE BRASILEIROS DO HOJE E DO AMANHÃ.



Prova de Termodinâmica - Raciocínio, Imaginação e conhecimento


Pergunta feita pelo Professor Fernando, da matéria Termodinâmica, no curso de Engenharia Química da FATEC em sua prova final.

Este Professor é conhecido por fazer perguntas do tipo "Por que os aviões voam?"



Nos últimos exames, sua única questão nesta prova para a turma foi:

"O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique sua resposta"

Vários alunos justificaram suas opiniões baseados na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma.

Um aluno, entretanto, escreveu o seguinte:

"Primeiramente, postulemos que o inferno exista e que esse é o lugar para onde vão algumas almas.
Agora postulemos que as almas existem; assim elas devem ter alguma massa e ocupam algum volume. Então um conjunto de almas também tem massa e também ocupa um certo volume. 
Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno?
Podemos assumir seguramente que, uma vez que certa alma entra no inferno ela nunca mais sai de lá. Logo, não há almas saindo.
Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo e no que pregam algumas delas hoje em dia.
Algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno...
Se você descumprir algum dos 10 mandamentos ou se desagradar a Deus, você vai para o inferno.
Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projetar que todas as almas vão para o inferno.
A experiência mostra que poucos acatam os mandamentos.
Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.
Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno.
A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem as mesmas, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante.
Existem, então, duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO.
2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO.
Se nós aceitarmos o que a menina mais gostosa da FATEC me disse no primeiro ano: "Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar" e, levando-se em conta que AINDA NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações amorosas com ela, então a opção 2 não é verdadeira. Por isso, o inferno é exotérmico."

O aluno Thiago Faria Lima tirou o único 10 da turma.

CONCLUSÕES:
1) "A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." (Albert Einstein)
2) "A imaginação é muito mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein)
3) "Um raciocínio lógico leva você de A a B. Imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser." (Albert. Einstein)

RB -Obs. Não posso afirmar quanto a veracidade dos personagens e instituição de ensino, mas vale pela genialidade do aluno Thiago Faria.
Fonte: e-mail que rola por aí, já algum tempo, mas pela desenvoltura da narrativa na resolução da problemática química, tá aí, também dou um dez! Parabéns!!

ENTREVISTA NO RH DE UMA GRANDE EMPRESA.


1º) Candidato formado na USP
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Ora, é um pensamento.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
Diretor: - Muito bem, excelente resposta.

2º) Candidato formado na PUC
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Um piscar de olhos.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Porque e tão rápido que as vezes nem vemos.
Diretor: - Ótimo.

3º) Candidato formado na UNICAMP:
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - A eletricidade.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lâmpada a 5km de distância instantaneamente.
Diretor: - Excelente.

4º) Candidato fazendo curso no Colégio ASDRUBAL CORNÉLIO em Trubuçu do Norte
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Uma diarréia...
Diretor: - Como assim ? Esta brincando ? Explique isso...
Candidato: - Isso mesmo. Ontem a noite eu tive uma diarréia tão forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, já tinha me cagado todo...
Diretor: - O emprego é seu!


"Fundamento técnico e cálculo não é tudo... entender de cagadas é o que o mercado precisa.
Tá boa essa né!!

quinta-feira, 13 de março de 2014

Exoesqueletos do Projeto Andar de Novo estão prontos

Com informações da Agência Brasil - 10/03/2014

Exoesqueletos do Projeto Andar de Novo estão prontos, diz Nicolelis
Testes iniciais foram feitos em ambiente virtual e com uma veste robótica estática.[Imagem: Divulgação/Portal da Copa]
O neurocientista Miguel Nicolelis informou que dois exoesqueletos do Projeto Andar de Novo já estão no Brasil.
Os exoesqueletos são vestes robóticas que, no futuro, poderão ajudar pacientes com paraplegia a voltarem a andar.
A intenção de Nicolelis é que os pacientes possam controlar o exoesqueleto diretamente com sua atividade cerebral.
As mensagens fornecidas pelo cérebro, como a vontade de andar, de se mexer ou de parar, serão captadas pelo robô para que os movimentos sejam gerados.
No Projeto Andar de Novo, oito pacientes paraplégicos foram selecionados na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em São Paulo, onde foi criado um novo laboratório de neurorrobótica.
Os testes iniciais são feitos com um ambiente virtual e com uma veste robótica estática, que permite que os pacientes vejam mudanças no ambiente sem sair do lugar. Na sequência, os pacientes vão aprender a usar as vestes robóticas que acabam de chegar.
Usando o exoesqueleto, um desses pacientes será escolhido para dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de futebol.
O roteiro prevê que o paciente vai se levantar da cadeira de rodas, caminhar por cerca de 25 metros no campo da Arena Corinthians, em São Paulo, e dar início à Copa do Mundo.
Captação de sensações e vontades
Segundo Nicolelis, o exoesqueleto incorpora as mais modernas tecnologias do mundo da robótica. A base da tecnologia é o conceito de Interface Cérebro-Máquina-Cérebro.
Em um primeiro momento, sensores conseguem ler os sinais elétricos gerados pelo cérebro e extrair desses sinais a mensagem que produz o movimento, fazendo com que um artefato robótico ou virtual também se movimente. Na segunda etapa, sensores táteis acoplados ao aparelho mandarão sinais para o paciente.
"Quando a pessoa tocar o chão, quando o joelho da veste robótica se mexer, os sensores táteis permitirão que esses sinais gerados no robô possam ser devolvidos para o sujeito através de uma camiseta que transmite esses sinais de volta para a pele dos braços ou do dorso, onde a pessoa ainda tiver a sensibilidade intacta", disse Nicolelis.
A camiseta foi desenvolvida na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça. O cientista afegão Solaiman Shokur, um dos pesquisadores que participaram desse trabalho, atualmente integra a equipe do Instituto de Neurociências de Natal. Segundo ele, o feedback tátil permitirá que o paciente caminhe sem precisar ficar constantemente olhando para baixo.
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Tecnologia brasileira reduz tempo de combate a incêndios

Com informações da Coppe/UFRJ - 19/02/2014

Tecnologia brasileira reduz tempo de combate a incêndios
O caminhão tem capacidade para transportar 12 toneladas de CO2. [Imagem: Coppe/UFRJ]
Gás liquefeito
Uma tecnologia inédita desenvolvida pelo instituto de engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promete reduzir substancialmente o tempo de combate a incêndios.
O novo sistema, baseado no uso de jatos de CO2 vaporizado, foi instalado em um caminhão que foi entregue ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.
O caminhão servirá como banco de testes da nova tecnologia, que será avaliada em situações reais de combate a incêndio na cidade.
A tecnologia é fruto de 16 anos de trabalho do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, e será comercializada pela Cdiox Engenharia, uma empresa nascida e incubada na universidade.
A tecnologia, batizada de Sistema de Descarga Baseado em Gás Liquefeito, caracteriza-se pela descarga massiva de dióxido de carbono (CO2) em estado líquido, a baixa temperatura (entre -72 e -60 graus Celsius) e sob alta pressão.
Os pesquisadores conseguiram desenvolver um sistema pelo qual o CO2, que é armazenado em estado líquido, é lançado nas chamas sob forma de vapor sem se solidificar - ou seja, o CO2 não congela a linha por onde é lançado.
Usado como agente extintor, o CO2 diminui a concentração de oxigênio, abafando as chamas. Como é lançado em baixa temperatura, ele dificulta o aparecimento de novos focos de incêndio e quebra a reação em cadeia da combustão.
Primeiros do mundo
A inovação já rendeu pedidos de patentes para a tecnologia no Brasil e nos Estados Unidos. "Vamos ser os primeiros do mundo nessa tecnologia", afirma o coordenador técnico do projeto, Moacyr Duarte.
A nova tecnologia começará a ser testada nos próximos dias, servindo inicialmente como um treinamento para os bombeiros. De acordo com Duarte, o caminhão deverá estar nas ruas em três meses.
Somente ao final dos ensaios é que será possível afirmar com precisão em quanto o tempo de combate ao fogo será reduzido com o uso do CO2 no lugar da água.
As avaliações iniciais indicam que o caminhão, com capacidade para transportar 12 toneladas de CO2, consiga debelar chamas em uma área de 100 metros quadrados em apenas 4 minutos.
Comparando o uso da água com a nova tecnologia, o tempo-resposta a um incêndio, do início do combate às chamas até o rescaldo final, deverá cair de 4 horas para cerca de 20 minutos.

Fracasso da geoengenharia: gases que salvaram camada de ozônio agora ameaçam o clima

Redação do Site Inovação Tecnológica 

Fracasso da geoengenharia: gases que salvaram camada de ozônio ameaçam o clima
O Mar de Aral praticamente desapareceu depois de uma das primeiras experiências de manipulação de ecossistemas feitas no mundo.[Imagem: Wikimedia]
O feitiço e o feiticeiro
O Protocolo de Montreal entrou em vigor em 1989, e ficou famoso por banir os CFCs (clorofluorocarbonetos) e os HCFCs (hidroclorofluorocarbonos), que destroem a camada de ozônio.
Esses gases foram então substituídos pelos HFCs (hidrofluorocarbonetos), que se acreditava serem benéficos ou, no mínimo, inertes em relação à camada de ozônio em particular e ao meio ambiente em geral.
Contudo, demonstrando os riscos a que o planeta está sujeito com experimentos de geoengenharia, agora os próprios cientistas estão pedindo um controle sobre o uso também dos HFCs.
De certa forma, a substituição dos CFCs pelos HCFCs foi o primeiro experimento de geoengenharia em larga escala. E os resultados não foram bons.
Ativos e duradouros
Já havia sido demonstrado que os HFCs podem provocar chuva ácida.
Agora ficou demonstrado também, ao que contrário do que se demonstrara na época, que os hidrofluorocarbonetos são climaticamente muito ativos e extremamente persistentes no ambiente.
Os hidrofluorocarbonetos são muito semelhantes aos clorofluorocarbonetos, com a diferença de não usaram cloro e não destruírem o ozônio estratosférico. Ambos são usados em geladeiras e ar-condicionados, em latas de aerossol e como solventes na fabricação de espuma.
O que não se sabia então era que esses HFCs são gases de efeito estufa muitopotentes.
O HFC-134a, também conhecido como R-134a, por exemplo, usado nos aparelhos de ar-condicionados de automóveis, é 1.430 vezes mais ativo do que o hoje quase odiado CO2 (dióxido de carbono).
O dióxido de carbono bem poderia rivalizar com o oxigênio como o "gás da vida", dada sua importância no ciclo biológico da Terra.
Hoje, porém, ele é mais conhecido como um gás de efeito estufa - o mesmo efeito que permite a vida na Terra, mas que, levado ao exagero, pode colocar essa mesma vida em dificuldades.
Força radioativa
Uma equipe internacional de cientistas, que inclui o Prêmio Nobel de Química Mario Molina, concluiu que o Protocolo de Montreal trouxe inúmeros benefícios não-intencionais para o meio ambiente, incluindo a redução da emissão de mais de 10 bilhões de toneladas de CO2.
Contudo, eles afirmam temer que esses benefícios possam ser logo jogados fora pelas emissões de HFCs, que estão crescendo a taxas entre 10 e 15% ao ano. "A contribuição dos HFCs para as mudanças climáticas pode ser vista como um efeito colateral negativo do Protocolo de Montreal," afirmam.
A força radioativa - uma medida do efeito de substâncias químicas sobre o clima - dos CFCs tem permanecido constante em 0,32 W/m2, graças ao seu banimento. Mas os HFCs já atingiram 0,012 W/m2 e, segundo os cientistas, poderão alcançar entre 0,25 e 0,4 W/m2 em 2050 - para comparação, o CO2 tem uma força radioativa de 1,5 W/m2.
O maior problema são os chamados HFCs saturados, que podem sobreviver na atmosfera por até 50 anos.
A sugestão dos pesquisadores é que o Protocolo de Montreal seja modificado para incluir essas substâncias, evitando assim toda uma nova rodada de negociações em nível mundial.

NASA apresenta conceitos dos aviões do futuro

Redação do Site Inovação Tecnológica 

Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
No começo do estudo havia projetos bem estranhos, para dar total liberdade aos visionários. Siga as setas para acompanhar o processo de seleção dos candidatos mais prováveis a aviões do futuro. [Imagem: NASA/Northrop Grumman Systems Corporation]
Aviões do futuro
A NASA acaba de concluir um estudo de 18 meses que reuniu seus próprios engenheiros e engenheiros da indústria privada para tentar visualizar como serão os aviões de passageiros do futuro.
No começo do estudo havia projetos bem estranhos, para dar total liberdade aos visionários. Na segunda etapa ainda havia pelo menos dois esquisitões, incluindo um "avião-linguado", mais parecido com o peixe ou com um carrinho de rolimã com esteroides.
Mas o resultado final tinha que ser realista e factível a médio prazo.
Assim, você provavelmente não terá problemas em reconhecer um avião quando ver um modelo 2050 em algum aeroporto no futuro. Em termos de aparênciaexterna, todos parecem bem familiares, longe de ideias exóticas saídas de algum filme de ficção científica.
Inovações nos aviões
Mas um mecânico de aviões terá dificuldades em se adaptar: tecnicamente, os aviões das próximas décadas serão muito superiores e muito diferentes dos aviões de hoje.
"Ficando ao lado do avião você poderá não ser capaz de apontar as diferenças, mas as melhorias serão revolucionárias," disse Richard Wahls, cientista do Centro de Pesquisas Langley, da NASA. "A beleza tecnológica é bem mais do que uma pele bonita."
As diferenças começarão pela superfície externa. Essa nova geração de aviões terá fuselagens duplas construídas com ligas de memória de formaultramodernas, cerâmicas e fibras de materiais compósitos. E sua superfície será coberta por revestimentos anticorrosão e capazes de autocicatrizar quando ocorrem fissuras.
Os sistemas de controle e comunicação utilizarão um mínimo de fios metálicos, que serão substituídos por cabos de fibra óptica e de nanotubos de carbono.
"Embaixo do capô" as diferenças não serão menores: esses aviões terão estruturas e tecnologias de propulsão concebidas para deixá-los mais silenciosos, menos poluentes e menos beberrões - e oferecendo mais conforto aos passageiros.
As tradicionais turbinas serão substituídas por sistemas híbrido-elétricos. As asas serão dobráveis e altamente flexíveis.
Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
O híbrido H-Wing Body Series foi idealizado pelos engenheiros do MIT. Será um avião gigantesco, voltado para voos intercontinentais. Este avião é projetado para voar a Mach 0,83, carregando 354 passageiros por até 14.000 km. [Imagem: NASA/MIT/Aurora Flight Sciences]
O que esperar
Os objetivos da Nasa para os aviões que entrarão em operação a partir de 2030, em comparação com uma aeronave entrando em serviço hoje, são:
  • Uma redução de 71 decibéis abaixo da norma atual de ruído, o que fará com que o barulho de um avião decolando ou pousando não vá além dos limites do aeroporto.
  • Uma redução de 75 por cento em relação ao padrão atual para as emissões de óxidos de nitrogênio, melhorando a qualidade do ar em torno dos aeroportos.
  • Uma redução de 70 por cento no consumo de combustível, o que poderia reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e os custos das viagens aéreas.
  • A capacidade de implementar um conceito chamado "metroplex", que permitirá a melhor utilização das pistas em vários aeroportos em áreas metropolitanas, como forma de reduzir o congestionamento do tráfego aéreo e os atrasos.
Mais lentos e mais alto
Os engenheiros das diversas entidades envolvidas foram unânimes em alguns conceitos.
Por exemplo, os aviões comuns de passageiros deverão voar em velocidades de 5 a 10% mais lentas (Mach 0,7) do que os atuais, e a altitudes mais elevadas, com o objetivo de consumir menos combustível.
As pistas dos futuros aeroportos também deverão ser mais curtas, com 5.000 pés de comprimento em média. E, na opinião dos especialistas, a tendência de aviões cada vez maiores deverá se reverter: os aviões não deverão ser maiores do que os 737 atuais, e deverão fazer mais voos diretos, para diminuir os custos.
O próximo passo no esforço da Nasa para projetar os aviões de 2030 é uma segunda fase de estudos, para começar a desenvolver as novas tecnologias que serão necessárias para atender aos objetivos agora estipulados. As equipes começarão a trabalhar por volta de Abril de 2011.
Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
[Imagem: NASA/MIT/Aurora Flight Sciences]
Bolha Dupla
O D8 é chamado de "bolha dupla" pelos seus projetistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
A ideia é juntar dois tubos dos aviões comuns para fazer uma fuselagem mais larga e ganhar sustentação. As asas, em contrapartida, podem ser muito finas, diminuindo o peso e o arrasto. Para isso, os motores foram levados para a traseira.
O D8 foi projetado para voos domésticos, voando a Mach 0,74, carregando 180 passageiros e com autonomia de 5.500 km.
Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
[Imagem: NASA/The Boeing Company]
Ultra verde
O SUGAR Volt é uma das propostas da equipe da Boeing.
SUGAR é um acrônimo paraSubsonic Ultra Green Aircraft Research, aeronave de pesquisas subsônica ultra verde.
O Volt vem do conceito de um sistema bimotor com propulsão híbrida que combina a tecnologia de turbinas a gás e baterias. Um sistema modular permite que o banco de baterias seja trocado, sem que o avião precise ficar parado esperando pela recarga.
Aqui também é possível ver o trabalho para tornar as asas mais delgadas: elas são sobrepostas ao corpo tubular do avião, com um apoio extra na parte inferior da fuselagem.
Este avião está sendo projetado para voar a Mach 0,79, carregando 154 passageiros, com autonomia de 6.500 km.
Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
[Imagem: NASA/Lockheed Martin Corporation]
Supersônico sem boom
Os conceitos supersônicos não poderiam ficar de fora. Mas os projetistas sabem que, para se tornar viável, um avião supersônico deverá superar a barreira do som sobre a terra, e não apenas sobre o oceano, longe de áreas habitadas, como acontecia com o Concorde.
A equipe da Lockheed Martin utilizou ferramentas de simulação para mostrar que é possível alcançar o voo supersônico sobre a terra reduzindo drasticamente o nível do ruído gerado quando se quebra a barreira do som.
Segundo os projetistas, isto pode ser obtido com a utilização de uma configuração de motores sobre as asas, que têm a forma de um V invertido. Outras tecnologias ajudam a alcançar a escala, a capacidade de carga e as metas ambientais.
Aviões do futuro: NASA mostra seus aviões-conceito
[Imagem: NASA/The Boeing Company]
Avião icônico
O Ícone II é o conceito de avião supersônico da Boeing.
Aqui também a principal preocupação é permitir o voo supersônico sobre a terra.
Os motores também foram levados para cima das asas, embora a empresa não comente as "tecnologias revolucionárias exigidas para reduzir o consumo de combustível e a redução no ruído".

Avião supersônico terá telas no lugar das janelas

Redação do Site Inovação Tecnológica 

Avião supersônico terá telas no lugar das janelas
Os passageiros poderão diminuir o brilho das telas, alterar as imagens ou desligá-las. [Imagem: Spike Aerospace]
Avião sem janelas
Um jato supersônico de classe executiva terá telas finas embutidas nas suas paredes internas para substituir as janelas.
Câmeras espalhadas pelo exterior da aeronave vão transmitir as imagens para as telas.
Os passageiros poderão diminuir o brilho das telas, alterar as imagens ou desligá-las.
A Spike Aerospace, que projetou o avião, afirma que a eliminação das janelas vai diminuir o arrasto aerodinâmico - as janelas "causam desafios significativos na concepção e construção de uma fuselagem de aeronave", segundo a empresa.
Além do arrasto, as janelas exigem um apoio estrutural que representa peso adicional para os aviões. Os dois problemas poderiam ser eliminados usando microcâmeras e telas.
Avião supersônico terá telas no lugar das janelas
O S-512 terá uma velocidade de cruzeiro de Mach 1,6, por volta de 1.960 km/h. [Imagem: Spike Aerospace]
Jato supersônico
A empresa planeja terminar a construção do primeiro jato supersônico S-512 por volta de 2018.
O S-512 seria o primeiro jato executivo supersônico do mundo.
Com um custo estimado em US$ 80 milhões, o jato vai transportar 18 passageiros, e a empresa afirma que ele será capaz de voar de Nova Iorque a Londres em três a quatro horas, em vez das seis a sete atuais.
A velocidade dos aviões supersônicos é normalmente medida em Mach, uma unidade de medida de velocidade obtida dividindo-se a velocidade da aeronave pela velocidade do som - desta forma, a velocidade do som (1.224 km/h) representa Mach 1.
O S-512 terá uma velocidade de cruzeiro de Mach 1,6 e uma velocidade máxima de Mach 1,8 - para comparação, um Boeing 777-300 tem uma velocidade de cruzeiro de Mach 0,8.

terça-feira, 11 de março de 2014

7 erros que você comete quando fala em Comunismo e Capitalismo


"Por que você está equivocado sobre o comunismo: 7 grandes erros que as pessoas cometem sobre ele –e sobre o capitalismo

Jesse Myerson, em Salon Tradução e adaptação: Cynara Menezes / Pragmatismo Político 

1. Somente as economias comunistas se apoiam em violência de Estado.

Obviamente, nenhum ricaço quer abrir mão de parte de sua fortuna, e qualquer tentativa de obter justiça econômica (como os impostos sobre grandes fortunas) sofrerá uma oposição ferrenha das classes mais altas. Mas a violência estatal (como a tributação) é inerente a todo conjunto de direitos sobre a propriedade que um governo pode adotar –inclusive aqueles que permitiram ao hipotético barão amealhar sua fortuna.

No capitalismo, as reivindicações de propriedade autorizam o Estado a usar a violência para excluir todos, menos um reclamante. Se eu reivindico a mansão de alguém, por mais libertário que seja, ele vai recorrer ao governo e às suas armas para me colocar no devido lugar. Ele possui aquela mansão porque o Estado diz que possui e tentará prender qualquer um que discorde. Se não houver um Estado, quem tem o poder mais violento determina quem possui as coisas, seja a máfia ou um bando de cowboys no velho Oeste. Seja por vigilantes ou pelo Estado, os direitos de propriedade se apoiam em violência.
Isto é verdadeiro para objetos pessoais e para a propriedade privada, mas é importante não confundi-los. Propriedade implica em ter um título. Quando marxistas falam em propriedade coletiva de terras ou meios de produção, estamos no campo das propriedades; quando apresentadores da Fox falam em confiscar minha gravata, estamos no campo dos objetos pessoais. O comunismo necessariamente distribui a propriedade universalmente, mas não quer tomar seu smartphone, falou?

2. As economias capitalistas são baseadas em livre comércio.

O oposto do mito do “comunismo opressivo” é o “capitalismo libertador”. A ideia de que todos estamos fazendo escolhas livres todo o tempo é claramente desmentida pela experiência de centenas de milhões de pessoas. A maioria de nós nos encontramos atrelados às pressões da competição. Estamos estressados, exaustos, sozinhos, em busca de significado para a vida –como se não estivéssemos no controle dela.

E não estamos; o mercado está. Se você não concorda, tente deixar “o mercado”.A origem do capitalismo foi tirar de camponeses britânicos o acesso à terra e com isso seus meios de subsistência, fazendo-os dependentes do mercado para sobreviver. Uma vez sem propriedades, eles eram forçados a tomar o rumo da sujeira, bebida e doenças das cidades rodeadas de miséria para vender a única coisa que tinham –sua capacidade de usar cérebros e músculos para trabalhar –ou morrer. Como eles, a maioria das pessoas hoje é privada dos recursos que necessitam para prosperar, apesar de eles existirem em abundância, e é forçada a trabalhar para um chefe que está tentando ficar rico nos pagando menos e nos fazendo trabalhar mais.

Mas mesmo este chefe (o aparente vencedor no “livre mercado”) não é livre: o mercado impõe à classe proprietária o imperativo de acumular riqueza incansavelmente ou então fracassar. Os capitalistas são compelidos a apoiar regimes opressores e a arruinar o planeta por uma questão de negócios.
O tipo particular de capitalismo dos EUA demandou exterminar todo um continente de povos indígenas e escravizar milhões de africanos sequestrados. E toda a indústria capitalista só foi possível porque mulheres brancas, consideradas propriedades de seus pais e maridos, estiveram dedicadas ao papel invisível de criar filhos e arrumar a casa sem remuneração. Três brindes ao livre comércio.

3. O comunismo matou 110 milhões* de pessoas por resistir ao fim da propriedade privada.

*Este número é um total chute

Greg Gutfeld, um dos apresentadores da Fox News, recentemente disse que “somente a ameaça de morte pode sustentar o sonho de esquerda, porque ninguém em sã consciência se alistaria voluntariamente em uma porcaria dessas. Portanto, 110 milhões de mortos”.  Ao dizer isso, Gutfeld e sua laia insultam o sofrimento de milhões de pessoas que morreram sob Stalin, Mao e outros ditadores comunistas do século 20. Pegar um número grande de mortos e atribuir suas mortes a algum abstrato “comunismo” não é uma maneira de mostrar preocupação humanista com vítimas de atentados aos direitos humanos.

Uma grande parcela das pessoas que morreram sob o comunismo soviético não eram os kulaks (camponeses ricos) com quem a direita quer se preocupar, maseram, eles mesmos, comunistas. Stalin, na sua crueldade paranoica, não somente executou líderes revolucionários russos, mas também exterminou partidos comunistas inteiros. Estas pessoas não estavam resistindo a ter sua propriedade coletivizada; eles estavam comprometidos com a coletivização de propriedades. Também é bom lembrar que os soviéticos tiveram que lutar uma guerra revolucionária –contra, entre outros, os EUA– que, como a revolução americana mostra, não se consiste majoritariamente em abraços grupais. Eles também enfrentaram (e historicamente derrotaram) os nazistas, que não estavam do outro lado do oceano, mas bem à sua porta.

Chega de URSS. O episódio mais horrível no comunismo oficial do século 20 foi aGrande Fome Chinesa, cujas mortes são difíceis de precisar, mas certamente foram dezenas de milhões. Muitos fatores evidentemente contribuíram para esta atrocidade, mas o principal foi o “Grande Salto Adiante” de Mao, uma combinação desastrosa de pseudociência aplicada e perseguição política pensada para transformar a China em uma superpotência industrial num piscar de olhos. Os resultados da experiência foram extremamente cruéis, mas dizer que as vítimas morreram porque, em são consciência, não quiseram ser voluntários de um “sonho de esquerda” é ridículo. A fome não é um problema unicamente da esquerda.

4. Governos capitalistas não cometem atentados aos direitos humanos.

Seja qual for a avaliação dos crimes cometidos pelos líderes comunistas, não é esperto por parte dos fãs do capitalismo brincar de contar corpos, porque se pessoas como eu têm de explicar os gulags e a Campanha das Quatro Pragas, eles precisam explicar o comércio de escravos, o extermínio indígena, os holocaustos do fim da era vitoriana e toda guerra, genocídio e massacres promovidos pelos EUA no esforço de combater o comunismo. Já que os pró-capitalistas se preocupam tão profundamente com o sofrimento das massas russas e chinesas, talvez queiram explicar os milhões de mortes resultantes da transição destes países ao capitalismo.

Deveria ser fácil perceber que o capitalismo, que glorifica o rápido crescimento em meio à competição cruel, iria produzir grandes atos de violência e privação, mas de alguma forma seus defensores estão convencidos de que ele é sempre, e em toda parte, uma força impulsionadora da justiça e da liberdade. Deixe-os convencer as dezenas de milhões de pessoas que morrem de desnutrição todo ano porque o livre mercado é incapaz de solucionar uma situação em que metade da comida do mundo é jogada fora.

As 100 milhões de mortes que talvez sejam mais importantes de enfocar agora são aquelas que a organização de direitos humanos DARA projeta que irão ocorrer por causa do clima entre 2012 e 2030. Outras 100 milhões de pessoas mais irão se seguir a estas e não vão levar 18 anos para morrer.

Fome como a espécie humana nunca viu está nos rondando, porque o livre mercado não regula o carbono e as empresas capitalistas de petróleo, desde o colapso da URSS, se tornaramsoberanas. Os mais virulentos anti-comunistas têm uma forma muito útil, embora moralmente vergonhosa, de tratar esse evento de extinção em massa: eles negam que esteja acontecendo.

5. O comunismo americano do século 21 iria se assemelhar aos horrores soviéticos e chineses.

Antes de suas revoluções, a Rússia e a China eram sociedades agrícolas pré-industriais, com maioria analfabeta, e cujas massas eram camponeses espalhados sobre enormes vastidões de terra. Nos EUA de hoje, robôs fazem robôs, e menos de 2% da população trabalha na agricultura. Estes dois estados de coisas são enormemente díspares. A mera evocação do passado não tem valor como argumento sobre o futuro da economia americana.
Para mim, comunismo é uma aspiração, não algo imediatamente conquistável.

 Isto, como a democracia e o libertarianismo, é utópico porque envolve um ideal, neste caso a não-propriedade de tudo e o tratamento de tudo –incluindo cultura, tempo das pessoas, o mero ato de cuidar, e coisas assim– de forma digna e intrinsecamente valorizada em vez de tratado como mercadorias que podem ser postas à venda. Etapas para esta condição não necessariamente incluem algo tão assustador quanto a completa e imediata abolição dos mercados (afinal, os mercados antecedem o capitalismo em vários milênios e comunistas adoram um bom mercado direto do produtor). Pelo contrário, eu defendo que podem até incluir reformas com o apoio obtido entre partidos divergentes ideologicamente.

Dados os avanços tecnológicos, materiais e sociais do último século, nós podemos esperar uma aproximação ao comunismo, aqui e agora, muito mais aberta, humana, democrática, participativa e igualitária do que as tentativas da Rússia e da China. Acho até que seria mais fácil atualmente do que antes construir o conjunto de relações sociais baseado em companheirismo e ajuda mútua (à diferença do capitalismo, que se caracteriza por competição e exclusão) que seria necessário para permitir o eventual “definhamento do Estado” que os libertários fetichizam, mas sem reproduzir a Idade Média (só que desta vez com drones e metadados).

6. O comunismo promove a uniformização.

Aparentemente, um monte de gente é incapaz de distinguir igualdade de homogeneidade. Talvez isso derive da tendência das pessoas em sociedades capitalistas de se enxergar primordialmente como consumidores: a fantasia distópica é um supermercado onde uma marca de comida fabricada pelo Estado está em todos os itens, e todos eles possuem embalagens vermelhas e letras amarelas.

Mas as pessoas fazem muito mais do que consumir. Uma coisa que fazemos enormemente é trabalhar (ou, para milhões de americanos desempregados, tentar e não conseguir). O comunismo prevê um tempo além do trabalho onde as pessoas são livres, como escreveu Marx, “para fazer uma coisa hoje e outra amanhã, caçar de manhã, pescar à tarde, cuidar do gado à noitinha, criticar depois do jantar… Sem nunca se tornar caçador, pescador pastor ou crítico”.

  Deste modo, o comunismo é baseado no oposto da uniformização: uma diversidade enorme não só entre as pessoas, mas até na “ocupação” de uma única pessoa.

Muitos grandes artistas e escritores que foram marxistas sugerem que a produção de cultura em uma sociedade como essa poderia alimentar uma tremenda individualidade e oferecer formas de expressão superiores. Estes artistas e escritores pensavam o comunismo como “uma associação em que o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos”, mas você pode querer considerá-lo como uma instância real do acesso universal à vida, à liberdade e à busca da felicidade.

Você nem vai ligar para os pacotes vermelhos com letras amarelas!

7. O capitalismo promove a individualidade.

Em vez de permitir a todas as pessoas seguir seu espírito empreendedor em busca de desafios que os realizem, o capitalismo aplaude o pequeno número de empresários que conquistam largas fatias dos mercados de massa. Isto requer produzir coisas em escala, o que induz a uma dupla uniformização da sociedade: toneladas e toneladas de pessoas que compram os mesmos produtos e toneladas e toneladas de pessoas que fazem o mesmo trabalho. Uma individualidade que viceja dentro deste sistema é muitas vezes extremamente superficial.

Você já viu os condomínios que se constroem no país? Viu os cubículos cinza, banhados em luz fluorescente, em prédios de escritório tão semelhantes entre si que deixam a gente desorientado? Já viram as lojinhas e as áreas de serviço e os seriados da TV? A possibilidade de adquirir produtos de firmas capitalistas concorrentes não produziu uma sociedade interessante e variada.

Em realidade, a maior parte da arte aparecida sob o capitalismo veio de gente que foi oprimida e marginalizada (exemplos: blues, jazz, rock & roll e hip-hop). E então, graças ao capitalismo, é homogeneizada, comercializada e explorada em todo o seu valor por “empreendedores” sentados no topo da pilha, acariciando a pança e admirando a si mesmos por fazer todos abaixo deles acreditarem que somos livres."

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