quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

MILITARES INICIAM CAMPANHA NACIONAL PELO VOTO ANTI PT.


Encaminho visando fazer chegar a campanha a grupos, a associações, a escolas, aos clubes, círculos militares, aos condomínios, a paróquias, a centros acadêmicos, universidades e aos aposentados.

Visando ainda à formação de grupos de pessoas amigas capazes de acompanhar e estimular a mobilização nacional  pelo voto anti PT.

REPASSEM PARA O BEM DO
BRASIL 

 OS MILITARES,  PARTE DA IGREJA CATÓLICA, EVANGÉLICOS, 
MAÇONARIA E APOSENTADOS  ESTÃO  CHEGANDO!!!!

VAMOS ÀS RUAS CONTRA O  COMUNISMO!!!! 


ATENÇÃO  CLUBE MILITAR  DO  RIO!

ATENÇÃO MARINHA DO BRASIL!!

ATENÇÃO  CÍRCULOS  MILITARES  DO  SUDESTE!!

ATENÇÃO EXÉRCITO  DO NORDESTE!!

MILITARES INICIAM CAMPANHA
NACIONAL PELO VOTO ANTI  PT


1-ROGO AOS AMIGOS MILITARES E AMIGOS CIVIS QUE TAMBÉM ESTÃO REVOLTADOS COM ODESMANDOS, AS ROUBALHEIRAS, COM OS ESCÂNDALOS E "MARACUTAIAS" QUE O PT E PETRALHADA  DESDE A POSSE DO "BÊBADO HORRORIS CAUSA"NA PRESIDÊNCIA VÊM NOS BRINDANDO, QUE REPASSEM PARA OS COLEGAS MILITARES, AMIGOS E PARENTES CIVISDE MODO A QUE POSSAMOS FORMAR UMA
CORRENTE DE PESSOAS DIGNAS E CORRETAS 
PARA FAZER FRENTE AO DOMÍNIO PETISTA.

2 -ESSA CORRENTE TEM QUE TENTAR, DE QUALQUER FORMA, ALCANÇAR AS PESSOAS DE BEM QUE NÃO TÊM ACESSO ÀS INFORMAÇÕES CORRETAS E VERDADEIRAS DAS BANDALHEIRAS QUE SÃO TRAIÇOEIRAMENTE ENCOBERTAS PELOS FAVORES DAS BOLSAS, DAS COTAS, DO EMPREGUISMO E DE AÇÕES POPULISTAS DTODA ORDEM.

Sergio Caetano de Barros Já era hora!!! ESTA É A MAIOR BATALHA SEM O USO DE NENHUM ARTEFATO BÉLICO, NÃO SÓ NÓS MILITARES, MAS  POR TODOS BRASILEIROS INSATISFEITOS COM AS MENTIRAS DESLAVADAS.

VAMOS USAR APENAS UM TIPO DE ARMA QUE CAUSARÁ EM TODOS OS ENGANADORES DO BRASIL FERIMENTOS MORTAISESTA ARMA, A MAIS  SIMPLES DE TODAS: O NOSSO VOTO.

V A M O S   À   L U T A   B R A S I L

MILITARES E BRASILEIROS DE VERDADE INICIAM CAMPANHA NACIONAL ANTI PT 

"Pensávamos que seria um governo de um homem do povo para o povo, mas tudo indica que se transformou no governo dos escândalos e favorecimentos ilícitos"- disse um dos  militares.

 Os militares das  Forças Armadas somam mais de 600.000 entre os que estão em atividade e os da reserva. Somados com seus dependentes e círculos de influência esse quantitativo pode passar de 5 milhões de pessoas. Um número que definitivamente pode mudar os rumos de qualquer  eleição.

Militares  estaduais também estão insatisfeitos com o governo federal, que não  facilitou para que as negociações sobre a PEC 300 prosseguissem. Na passeata em Copacabana verificou-se a presença de lideranças dos policiais e bombeiros do Rio de Janeiro, e isso acena para uma possível união de militares federais e estaduais. Se isso se  concretizar e chegar às urnas certamente será um problema a mais para os políticos vermelhos.

Os  militares das Forças Armadas, comumente, são homens de conduta ilibada e bem relacionados..

Formadores de opiniãoÉ frequente serem preferidos para  assumir cargos de síndico em seus edifícios, diáconos em igrejas católicas e evangélicas, pastores e líderes comunitários. 

Homens preparados e competentes como líderes  e aptos para discursar diante de pequenos e médios grupos, eles representam realmente um perigo em potencial para o  partido da situação, se resolverem usar sua influência para um objetivo comum.

Pesquisas  demonstram que as Forças Armadas são as instituições com maior  credibilidade no Brasil, o que confirma que os militares brasileiros gozam de excelente reputação junto à sociedade.

 Nos últimos meses há freqüente divergência entre militares das Forças Armadas e o governo.

 ManifestoInterclubes, abaixo-assinados dos oficiais e marcha virtual, são  exemplos de grandes questões surgidas ainda este ano. 

Essa aparente queda de braço com os militares pode causar bastante prejuízo nas  pretensões dos políticos que estão "confortáveis", já a curtíssimo prazo.   
         
Somos mais de 30 milhões de aposentados em todo país; podemos mudar o rumo das eleições! Todos têm que votar e não ficar em casa concordando com essa política de miséria!

Os médicos brasileiros já começaram essa campanha, vamos à luta!

 Talvez assim, consigamos começar a melhorar este  país!PRECISAMOS MOSTRAR QUE TEMOS FORÇA, NÃO  ESTAMOS MORTOS E ELES PASSARÃO A SE ACAUTELAR E NOS ENXERGAR COM O JUSTO RESPEITO E DIGNIDADE.  ESSA É A MELHOR FORMA... 
VAMOS NOS UNIR!

NÃO SE ACOVARDEM!             VOTEM EM QUEM QUISEREXCETO  APENAS QUE NÃO SEJA ALGUEM DO PT OU DE SEUS ALIADOS
POR AMOR AO PAÍS,  VAMOS  IMPACTAR O  
COMODISMO QUE DOMINA O GOVERNO FEDERAL
 E MOSTRAR QUE TEMOS - JUNTO COM O POVO QUE É SOBERANO -

A MAIOR FORÇA, DA  INTERNET
E DO  PODER DO  VOTO.
Já passou da hora de virar a mesa!

Repasse para seus amigos

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."
 (Albert Einstein)

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso".

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Por que somos seduzidos pelo virtual?

Wilson Roberto Vieira Ferreira
“É a verdade... a digitalização da vida real. Você não vai só a uma festa. Vai a uma festa com uma câmera digital. E seus amigos revivem a festa on line.” Essa afirmação de Sean Parker (criador do Napster, interpretado no filme por Justin Timberlake), que aparece solta nas frenéticas linhas de diálogo no filme “A Rede Social” (The Social Network, 2010), é a síntese do “desejo de virtualidade”, essa motivação individual que sustenta todo o projeto tecnognóstico que domina a atual agenda tecnológica e científica. 

O desejo pela digitalização da vida seria a recorrência de uma milenar aspiração gnóstica pela transcendência da carne e a imortalidade da espécie. Mas essa aspiração por transcendência transforma-se em má consciência ao ser capturada por sistemas econômicos e políticos. Transforma-se em ideologia, como questiona o pesquisador canadense em ciência política, tecnologia e cultura Arthur Kroker.

Como viemos desenvolvendo em postagens recentes (veja links abaixo), esse projeto tecnognóstico consiste numa confluência entre ciências cognitivas, neurociências, Inteligência Artificial e ciências computacionais com a seguinte agenda tecnocientífica: criar modelos de simulação do funcionamento do cérebro, entender natureza da consciência e estabelecer as bases para o surgimento da interface final da história da tecnologia, a conexão direta entre cérebro e máquina, biológico/eletrônico, rede neuronal/rede digital.

Esta agenda ampla somente pode ser possível através de um gigantesco projeto de engajamento coletivo, o que chamo de “Cartografias e Topografias da Mente”. Acompanhamos na Internet o crescimento de instrumentos de mapeamentos ou representações cartográficas de nossos pensamentos, hábitos, relacionamentos e escolhas por meio de sites de redes sociais, softwares e projetos pessoais que buscam elaborar verdadeiras “geografias interiores”. Há um esforço e incentivo deliberado para que todos os usuários, espontaneamente, disponibilizem seus dados pessoais ou apresentem, por conta própria, seus mapas mentais e geografias pessoais. Temos uma série de exemplos como o “Inner Geographies Project”, o “Lifestream” ou o “Life-Tracking”.


Isso sem falar nas redes sociais como Orkut ou Facebook onde o timelinedas interações oferece um precioso banco de dados para um mapeamento de tendências de hábitos e comportamentos, como, por exemplo, mostra uma notícia divulgada pela BBC Brasil “Facebook revela os períodos que mais namoros terminam” onde o jornalista e especialista em informação David McCandless e o designer Lee Bryon analisaram 10 mil mudanças de status no site de relacionamentos. O Resultado foi um gráfico onde se localizavam os picos das separações (clique aqui para ler a matéria)

Essas cartografias da mente e das relações humanas, assim como o projeto tecnognóstico como um todo, somente são possíveis graças à antiga e gnóstica busca pela transcendência da carne. Esse é o emocional subtexto por trás dessa euforia tecnológica por simulações, interfaces e a fusão direta e sem mediações entre cérebro e máquina.

O desejo de virtualidade é a atual recorrência desse impulso atávico humano. Voltando a Sean Parker no filme “A Rede Social”, sua afirmação é emblemática. O desejo por digitalizar a vida real, ir a uma festa com uma câmara digital para tudo ser revivido on line representa um autêntico impulso por transcendência, porém, vivido de uma forma falsa por uma tecnologia que promete um atalho para a felicidade e iluminação.

Arthur Kroker e o “reclínio” do corpo.


Arthur Kroker
Como o filósofo alemão Theodor Adorno afirmava, toda ideologia tem o seu momento de verdade. O desejo por virtualidade incorpora esse momento gnóstico de verdade: a secreta desconfiança de que o que entendemos por realidade é uma ilusão é que somos exilados num cosmos físico imperfeito, prisioneiros de um acidente de dimensões cósmicas por obra de um Demiurgo, ou seja, uma divindade imperfeita e inebriada pela ilusão de se considerar o único deus. Esse momento de verdade, a busca humana pela gnose (a forma de conhecimento que nos reconecta com o divino), está presente em vários momentos da história.

Do Tratado Corpus Hermeticum (conjunto de 17 tratados sobre os quais se funda a ciência alquímica), o gnosticismo de Platão, as seitas gnósticas cristãs dos séculos II e III DC, e o gnosticismo alquímico, todos esses são os momentos da gnosis, o momento de verdade desse desejo por transcendência da carne.

Mas o impulso por transcendência transforma-se em má consciência. Capturado por sistemas econômicos e políticos torna-se ideologia, como nos demonstra o pesquisador em ciência política, tecnologia e cultura Arthur Kroker. Através de importantes trabalhos como The Postmodern SceneData Trash – The Theory of the virtual classHacking The Future e Digital Delirium, Kroker nos apresenta como a tecnologia computacional, Internet e realidade virtual encarnam o principal fundamento religioso do pensamento ocidental: o Cristianismo, tal qual desenvolvida pela sacra Igreja.

Da Santíssima Trindade de
Santo Agostinho às tecnologias
computacionais, a separação entre
corpo e espírito
O cristianismo causou uma separação artificial matéria e espírito, resolvendo a questão em favor do espírito. Quando Santo Agostinho inventou a Trindade, e depois de São Paulo inventou Graça, a Igreja Romana criou uma forma de poder mortal conhecido como "Espírito".

Continuando o raciocínio de Kroker, alienado de seu corpo foi cortado para o homem o caminho da salvação defendida por todas as religiões divinas (o autocultivo), substituindo-a pela expiação vicária por meio do sangue de Cristo celibatário. As inovações da Igreja conduziram às renúncias e difamações da carne humana, todos os em nome da libertação do suposto Salvador. Tornou-se necessário matar o corpo a fim de salvar a alma.

Embora a civilização ocidental tenha passado por um período de secularização, muitas das inovações da Igreja continuaram na época do Iluminismo. Descartes exigiu uma divisão dicotômica entre mente e corpo como base para sua ontologia. Bentham defendeu uma fiscalização rigorosa do corpo para cultivar a mente, enquanto Comte invocou uma nova ordem comandada por uma elite tecnológica.

As prisões, escolas, hospitais e asilos operaram no mesmo princípio: a necessidade do policiamento de um organismo irracional para o cultivo uma mente racional. Todas instituições consagradas pela ordem político-econômico do Ocidente até a atualidade.

A tecnologia do computador aumenta essa dicotomia na ontologia ocidental. A imagem idealizada do cibersurfista é a de uma pessoa sentada diante do computador, olhos fixos, onde a mente viaja em tempo real através do ciberespaço enquanto o corpo está paralisado. Mas esta é uma jornada alienante, pois os usuários nunca deixam suas cadeiras. É uma viagem virtual, em busca de conhecimentos virtuais, em um mundo frio virtual.

Arthur Kroker pinta um quadro sombrio de um futuro onde a sociedade ocidental está em "reclínio" ao entrar lentamente em uma fase terminal. Kroker substitui o termo declínio por “reclínio” por não ver uma decadência do corpo, mas o ápice de uma tendência histórica em denegrir, inferiorizar ou fazer reclinar o corpo frente às demandas “espirituais”.

O fascismo, violência e pornografia são outros sintomas da vontade de virtualidade nesse mundo pós-cristão. O fascismo é o policiamento final de um corpo depravado, enquanto a violência gratuita e pornografia degradante são os estímulos principais para reclinar os corpos. Liberdades e prazeres sutis são coisas do passado, morto com o corpo desprezado para salvar a alma virtualizada. Não é por acaso que o sexo e morte são os temas mais populares no mundo virtual, uma vez que fornecem a hiper-estimulação necessária para um corpo que outrora se conhecia melhor.

Desejo do virtual como substituto da gnose

Adicionar legenda

Esse diagnóstico sombrio de Kroker é importante, porém falta o momento de verdade por esse desejo de virtualidade: o impulso por transcendência, por gnose. Como cientista político, Kroker vê no complexo tecnocientífico atual apenas mais um instrumento de alienação e o fascínio pela vitualidade como apenas uma ideologia imposta a pessoas hipnotizadas e estáticas em suas cadeiras em frente às telas dos computadores.

O fascínio pela virtualidade (mascarado pelo marketing do discurso da conveniência) da atual agenda tecnognóstica explora o sagrado e gnóstico impulso humano pela transcendência da carne. Porém, oferece uma transcendência não por meio da redenção da carne, mas a partir do seu “reclínio” (policiamento, controle, monitoramento e humilhação do orgânico) sob uma promessa de um Eu espiritualizado e livre no ciberespaço. Em síntese: oferece a promessa de um “atalho para Satori”, uma transcendência e imortalidade do Eu em uma Nova Jerusalém cibernética.

Sabemos que ao longo da História temos o combate entre duas perspectivas: gnosis versus episteme, idealismo versus materialismo, Aristotelismo versus Platonismo etc. Todas as formas religiosas ou de conhecimento hermético (gnosticismo histórico e alquimia, por exemplo) que fundamentavam a transcendência por meio de um conhecimento baseado no autocultivo que permitia uma reconexão com o divino foram sistematicamente reprimidas.

Em seu lugar, a criação de verdadeiras tecnologias do espírito comandadas pela Razão (do Iluminismo ao Tecnognosticismo cabalístico da atualidade) que prometem a satisfação desse impulso por transcendência mediante o engajamento do Eu a gadgets tecnológicos que espelham a ordem do Capital e do “livre mercado”.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Polo Naval do Jacuí - investimentos projetados em mais de R$ 450 milhões

GIGANTE
Polo Naval do Jacuí nasce com investimentos projetados em mais de R$ 450 milhões

Cerimônia no Palácio Piratini, em Porto Alegre, na última terça-feira, oficializou o novo centro de produção da indústria oceânica do país

Rodrigo Ramazzini
O Polo Naval do Jacuí já nasce gigante. Se todos os empreendimentos projetados às margens do rio Jacuí em Charqueadas saírem efetivamente do papel, o volume de investimentos do novo centro de produção da indústria oceânica do país será maior que R$ 450 milhões, com a expectativa de gerar mais de 6.000 vagas diretas de emprego. A oficialização do novo Polo ocorreu na última terça-feira, 21, em cerimônia no Palácio Piratini, em Porto Alegre, com a participação do governador do Estado, Tarso Genro, e da presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, empresários, autoridades estaduais e de uma comitiva da Região Carbonífera.
- Este Polo Naval do Jacuí não é produto da espontaneidade. É fruto de um planejamento ordenado, pensado, estruturado e responsável. Por isso acho que efetivamente hoje temos que comemorar – comentou o chefe do Executivo gaúcho, Tarso Genro, durante a solenidade.
A arrancada do novo polo consolida o Rio Grande do Sul como o segundo maior Estado produtor para o segmento naval, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Ao apresentar a estratégia de expansão da indústria oceânica, o secretário Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, projeta a expansão dos investimentos ao longo das hidrovias:
- Neste primeiro momento, alguns municípios estão se beneficiando diretamente. Mas, temos a convicção de que essa nova onda vai se espalhar ainda mais por outras localidades ao longo do Rio Jacuí e Taquari – afirma.
Presidente da IESA revela detalhes

Primeiro empreendimento a consolidar as obras no Polo Naval do Jacuí, a empresa IESA Óleo & Gás, por meio do seu presidente, mostrou todo o orgulho pelo pioneirismo:
- Hoje é um dia muito importante para a IESA. Temos orgulho de afirmar que demos o pontapé inicial na viabilização naval do Jacuí, ao anunciarmos a instalação da nossa base em Charqueadas para a produção de módulos para a indústria de petróleo – disse Valdir Lima Carreiro, em discurso.
Ainda, o presidente revelou detalhes da escolha por Charqueadas, depois de solicitar a uma equipe que identificasse os melhores locais a beira-mar que pudessem receber o investimento que atenderá a demanda do petróleo extraído da camada pré-sal. No entanto, as buscas geraram um resultado inesperado:
- Para a minha surpresa, trouxeram, como melhor alternativa, Charqueadas. Como todos sabem, Charqueadas não fica à beira-mar. Inicialmente, eu discordei. Para me convencerem, apresentaram um relatório mostrando que no município existe um boa rede escolar, acessos rodoviários adequados, navegabilidade do Rio Jacuí, também há grandes indústrias na região, além de ser próxima de Porto Alegre. Ainda não satisfeito, resolvi visitar o prefeito e conversar com representantes da comunidade. Vi que não teria escapatória. Eles estavam obcecados com a ideia e dispostos a resolver quaisquer problemas que pudessem aparecer – contou Carreiro.
A presidente da Petrobrás e o prazo 
Presença ilustre na cerimônia que oficializou o Polo Naval do Jacuí, a presidente da Petrobrás, Maria da Graça Foster, projetou o volume de petróleo a ser extraído pela Estatal nos próximos anos:
- Em 2016, nossa produção alcançará 2,5 milhões de barris de petróleo por dia, saltando para 4,2 milhões em 2020 – planeja.
Ainda, falou sobre a importância da indústria naval para o país:
- Entendemos a indústria naval como uma indústria estratégica não só para a Petrobras, mas também para o Brasil, não apenas por sua capacidade de mobilização de mão de obra e recursos financeiros, mas também porque ela tem um alto fator de multiplicação ao longo da sua cadeira produtiva. Além disso, a indústria naval é vital para o escoamento dos bens produzidos pelo país e sua inserção na economia mundial –completou.
Ela também contextualizou o novo polo na produção da indústria oceânica do Brasil:
- O Polo Naval do Jacuí é mais um indicador do fortalecimento da indústria naval brasileira e representa o deslocamento de investimentos para uma região de grande potencial industrial – afirmou.
Por fim, a presidente da Petrobrás ressaltou os compromissos da IESA no cumprimento dos contratos, principalmente no quesito prazo de entrega dos módulos:
- Eu fiquei muito satisfeita quando ouvi o presidente (da IESA) colocar que está preocupado com prazos. Eu estou extremamente preocupada com prazos também. Afinal, do sucesso da Petrobrás depende o sucesso desse polo naval – finalizou.
Contratos assinados
A solenidade marcou tanto a assinatura do decreto que institui o Polo Naval do Jacuí, localizado às margens dos rios Jacuí e Taquari, bem como de protocolos de intenções entre o governo do Estado e as empresas Metasa e Intecnial. Ainda, marcou o compromisso de financiamentos das empresas com o Badesul e Banrisul.
Intecnial
Com sede em Erechim, a Intecnial irá investir R$ 30 milhões no já existente estaleiro de Taquari para fabricação de módulos elétricos.
Indústria oceânica
Durante a cerimônia, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, entregou ao governador Tarso Genro um estudo produzido pela entidade sobre a implantação e a operacionalização dos polos navais no Estado, intitulado “Diretrizes básicas para o plano de desenvolvimento da indústria oceânica no RS”.
Contratos de 911,3 milhões de dólares
Os contratos assinados entre a Petrobrás e a IESA Óleo & Gás no mês passado preveem o fornecimento de 24 módulos de compressão para 6 plataformas, com opção de fornecimento de mais 8 módulos para outras 2 plataformas replicantes do Pré-Sal. O valor total dos contratos é de 720,4 milhões de dólares, podendo chegar em 911,3 milhões de dólares se confirmado o fornecimento dos 8 módulos adicionais. O prazo para o fornecimento de todos os módulos é de 54 meses.
Para execução dos contratos, a IESA Óleo e Gás S.A. utilizará a unidade a ser erguida em Charqueadas, que terá 350 mil m² de terreno e 19 mil m² de área construída.
Contrato assinado entre a IESA e a Metasa
Na última terça-feira, a IESA e a Metasa também assinaram um contrato de fornecimento de materiais. A Metasa produz estruturas metálicas para plataformas.


ENTREVISTA – Valdir Lima Carreiro, presidente da IESA Óleo & Gás
“A partir do 1º trimestre, nós vamos começar a montagem dos primeiros módulos”
Depois da cerimônia no Palácio Piratini, em Porto Alegre, que oficializou o Polo Naval do Jacuí, o presidente da IESA Óleo & Gás, Valdir Liam Carreiro, concedeu uma entrevista para falar dos próximos passos da instalação da unidade de Charqueadas, bem como da cobrança pelo cumprimento de prazos pela presidente da Petrobras, Maria Graça Foster, durante seu discurso. Confira.
Como será o cronograma das obras e o começo da operação?
Valdir Lima Carreiro - 
Estamos fazendo o canteiro e vamos terminar no 1º semestre do ano vem. Mas, já a partir do 1º trimestre, vamos começar a montagem dos primeiros módulos. Esse é o cronograma. E vamos entregar o último até 2017.
Quando serão entregues os primeiros módulos?
Carreiro - Os primeiros quatro módulos serão entregues em julho de 2014. Temos que correr contra o tempo. Agora, foi dada a partida. Já estamos fazendo toda a parte de engenharia, adquirindo todos os equipamentos que serão montados aqui.
Os módulos fabricados em Charqueadas serão acoplados nas plataformas em Rio Grande ou no Rio de Janeiro?
Carreiro - Na realidade, neste primeiro contrato, são 32 módulos e quem vai entregar são empresas que estão lá no Rio de Janeiro: a Keppel, em Angra dos Reis, e a Mendes Junior com a OSX, lá no porto de Açu, além da Jurombi, localizada no estado do Espírito Santo. Elas que farão a integração. Os módulos sairão de balsa de Charqueadas e irão até lá.
Como o senhor avaliou a cobrança feita pela presidente de Petrobrás em relação ao cumprimento dos prazos?
Carreiro - 
Estamos acostumados. Nós temos diversos contratos com a Petrobrás. E ela realmente é extremamente exigente e tem que ser porque estamos falando de oito plataformas. Oito plataformas produzem, no mínimo, 800 mil barris de petróleo por dia. Então, se nós atrasarmos qualquer módulo, podemos causar um grande prejuízo à Petrobrás. Nós sabemos que seremos cobrados em todas as etapas. A minha equipe está preparada para isso. Sabemos como funciona.
FRASES SOBRE O POLO NAVAL 
“O Polo naval tem toda a condição de dar certo! Foi uma grande sacada este deslocamento para o Jacuí. Quando fica todo mundo no mesmo lugar, isso acaba gerando algum tipo de ineficiência"
Maria da Graça Foster, presidente da Petrobrás.
“Descentraliza o desenvolvimento do Estado, levando para uma região de pouca oferta de emprego. Agrega, também, na fase produtiva local, um conjunto de encomendas que vai gerar na região novas empresas para serem fornecedores dessas fornecedoras de insumos para a Petrobras. Ainda, é decisivo para a nossa visão de desenvolvimento, que não é artificial, que se enraíza na base produtiva local, gera empregos e cria uma dinâmica virtuosa daqui para frente. É um grande momento para o Estado!”
Tarso Genro, governador do Estado.

Polo representa ressurgimento do transporte por hidrovias


Para o governador Tarso Genro, o início das atividades do Polo Naval que transportará, via Rio Jacuí, os módulos produzidos no local, representa o renascimento das vias hidroviárias do Estado:
- O potencial hidroviário do Rio Grande do Sul tem sido até agora uma promessa e uma utopia. Com a instalação do polo naval, essa hidrovia passa a ser uma estrutura efetiva que, daqui por diante, só vai se desenvolver – projeta.
Para possibilitar o uso dos rios como transporte de cargas serão investidos R$ 40 milhões na dragagem e sinalização noturna das hidrovias. Somente o Jacuí absorverá R$ 4 milhões em recursos a curto prazo.
Comitiva da região é recebida na FIERGS
Também na terça-feira, pela manhã, uma comitiva formada por cerca de 40 pessoas da Região Carbonífera foi recepcionada para uma reunião junto ao Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore (CCPGE) da FIERGS, com o objetivo de obter conhecimento sobre o cenário brasileiro na área de Petróleo e Gás, bem como seus reflexos no novo Polo Naval do Jacuí. O setor petrolífero deverá receber mais de 280 bilhões de dólares em investimentos, entre Petrobras e outras companhias, até o ano de 2016.
- Ficaram claros os estudos e direcionamentos que serão dados ao Polo Naval do Jacuí. Desta forma, não há mais nenhuma dúvida que grandes investimentos virão para nossa cidade e, também, a necessidade de nossos empresários se prepararem para captar o máximo possível do evento – analisa Otávio Ávila, gerente do Sicredi de Charqueadas, após a reunião.
O encontro, que contou com a presença de representantes da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e da Associação Gaúcha de Óleo e Gás, também serviu para que o empresariado da região tivesse orientações sobre os canais de acesso às empresas do ramo naval, com o objetivo de tornarem-se fornecedores do segmento. Na oportunidade, o superintendente da ONIP, Luis Mendonça, apresentou o programa Multifor da entidade, que visa à obtenção de fornecedores para a cadeia produtiva do Petróleo.
A reunião na Federação foi articulada pelo presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Charqueadas e da empresa JGB Equipamentos de Segurança S/A, José Geraldo Brasil, que também foi denominado pela FIERGS como o embaixador da CCPGE na região. O encontro contou, ainda, com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Charqueadas.
Saiba mais:
O MultiFor é um Programa de Desenvolvimento de Fornecedores que integra diversas ações da ONIP, por meio de um processo estruturado, com o objetivo de multiplicar fornecedores de bens e serviços para a indústria do petróleo e gás no Brasil.
O Programa buscará estruturar projetos de desenvolvimento via produto/fornecedor, em linha com a missão da ONIP de contribuir para a ampliação do conteúdo local em bases competitivas. Mais detalhes de como integrar a rede Multifor no site: http://www.onip.org.br/


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dois poemas de cordel - Leia e releia e se embarace nessa teia

Ai se sêsse    de Zé da Luz

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém se acontecesse
de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse
te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
e tu cum eu insistisse
pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse
e as virgi toda fugisse.




ABC do nordeste flagelado   de  Patativa do Assaré

Posso dizer que cantei
Aquilo que observei
Tenho certeza que dei
Aprovada relação
Tudo é tristeza e amargura,
Indigência e desventura,
Veja, leitor, quanto é dura
A seca no meu sertão.

JUSTIÇA, EDUCAÇÃO E VALORES FUNDAMENTAIS.

O que nos resta fazer?     Educar nossas crianças. 

Leiam trecho do sumário executivo - Módulo I
JUSTIÇA, EDUCAÇÃO E VALORES FUNDAMENTAIS.
Pela Justiça na Educação/coordenação geral Afonso Armando Konzen ...[et al.]. − Brasília: MEC. FUNDESCOLA, 2000. 

"DESDE O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO, os estudiosos e pesquisadores estiveram preocupados com a educação, ao ponto de concluir que sem educação não haveria humanidade. 

A educação é vital para o homem como o próprio ato de sobreviver, no sentido de preservar sua frágil existência e assegurar sua evolução. Com a educação, o homem adapta-se ao meio em que vive, a ponto de ser ela tão importante e fundamental quanto o ato de procriar ou de desenvolver-se na vida social. Neste sentido, a educação é a própria humanidade. 

O homem, integrado com o meio-ambiente, constitui uma unidade biológica que busca permanente equilíbrio entre o próprio organismo (o ser humano) e o meio. Dessa adaptação, surge a aprendizagem, atividade fundamental da vida, também conhecida por educação, expressão da própria condição humana.A saúde surge, também, como fruto da educação. 

Sua definição, conferida pela Organização Mundial de Saúde – OMS, é o “estado dinâmico de bem- estar físico, psíquico, social e espiritual”. Para o homem viver bem é necessário suprir as necessidades físicas, emocionais, psicológicas e espirituais, que dão equilíbrio à existência humana. 

A educação interage com a saúde do ser humano quando ele precisa aprender a melhorar a vida, por meio de cuidados com o corpo (adequada alimentação, repouso, higiene etc.), do atendimento às suas necessidades emocionais (pelo amor, simpatia etc.); necessidades psicológicas (de realização, de autonomia, expressão, lazer e comunicação etc.), e espirituais (virtudes, propósito de vida, transcendência etc.). 

Enfim, a educação não é necessária somente para a sobrevivência do ser humano, mas, também, para dar-lhe qualidade de vida, com plenitude e felicidade. A educação, percebida como um dos maiores dons e deveres da humanidade, já foi considerada propriedade exclusiva dos deuses. 

Pelo conhecimento, o homem imaginou que podia ser independente da divindade, mas afinal descobriu que isso não o libertou de sua condição humana. Ao longo da história, a educação emerge como modelo e arquétipo da redenção humana de sua própria condição humana que está num constante devir. 

A educação, além de garantir a sobrevivência e a saúde da espécie humana, permitiu construir um padrão de existência, conhecido por civilização. A educação sempre foi o elemento catalizador da garantia da continuidade das conquistas humanas."

NOTA DA COORDENAÇÃO GERAL
Até imprimir-se a presente edição, além de parcerias em negociação como com o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, o Programa pela Justiça na Educação já conta formalmente com o apoio institucional dos seguintes parceiros:
Ministério da Justiça Procuradoria-Geral da República
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil
Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça do Brasil
Associação de Magistrados Brasileiros – AMB
Confederação Nacional da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP
Colégio Nacional de Corregedores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União
Colégio de Diretores das Escolas Superiores dos Ministérios Públicos
Fundo da Nações Unidas para a Infância – UNICEF
Instituto Ayrton Senna
Fundação Banco do Brasil

Leia o documento em sua íntegra no link:  ftp://ftp.fnde.gov.br/web/fundescola/publicacoes_manuais_tecnicos/pela_justica_educacao.pdf

Agora, passados 14 anos vejamos um pouco da colheita desta semente chamada 

"JUSTIÇA, EDUCAÇÃO E VALORES FUNDAMENTAIS".

"OH, MY BRAZIL!"





Aproveitando a novela da Vida Real brasileira, leia também:

Polícia tem 328 mil mandados de prisão para cumprir no País (no link abaixo)


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Reforma penal: estéril como um monge virtuoso


Nenhuma reforma penal jamais diminuirá a criminalidade sem as necessárias ações para dar efetividade a toda Justiça criminal, que funciona muito mal e provoca muita impunidade. Nenhuma nova lei penal dará resultado sem uma decidida política de prevenção do delito (que caracteriza os países de capitalismo evoluído e distributivo, como Dinamarca, Suécia etc.). 
Ficar batendo o tempo todo na tecla exclusiva da repressão e do direito penal máximo (estratégia típica das burguesias capitalistas extrativistas) é se entregar ao charlatanismo, que é um dos vícios de caráter da sociedade brasileira. Promete-se algo que não se pode cumprir. Promete-se uma cura por meio de um remédio que traz, na verdade, mais enfermidade. A solução do problema da criminalidade e da insegurança depende não de novas leis, sim, da efetividade das já existentes.

Se o legislador brasileiro fosse dado a observar diretamente a vida social, veria que o problema da criminalidade clássica carece de atividades sociais, não de reformas legais. Veria que o programa sugerido por Beccaria, em 1764, no seu livro Dos delitos e das penaspena branda, justa, rápida e certa (infalível), pode ser muito mais eficiente que o sugerido pela nefasta criminologia populista-midiática-vingativa, com seu direito penal máximo (aplicado em poucos casos). A postura correta para solucionar os nossos problemas exige a observação detalhada de cada um deles. Só quem se inspira no fluxo e refluxo das sociedades, pode se entusiasmar pela vida e pelas decisões corretas.
Quem permanece longe dos acontecimentos, vendo-os à distância, dos seus gabinetes arejados, nunca aprende a observá-los; daí a dificuldade de promover os progressos necessários. A atividade social pressupõe uma sensação precisa das necessidades sociais. É dela que emanam ou que surgem as boas soluções, dotadas de efetividade. Mas como atua o legislador no campo criminal? Nem conhece o (mau) funcionamento da Justiça penal, nem tampouco se vale de pesquisas criminológicas qualificadas para ter noção exata do problema. Por exemplo: ele nem sabe quem está matando quem, quando, por que, de onde vêm os homicídios etc. É um curandeiro que ministra remédios sem conhecer a doença! Será que algum criminoso vai deixar de matar porque a pena subirá de 6 para 8 anos?
O legislador legisla cegamente no campo penal, porque confia nas suas intuições, nas tradições conservadoras bem como naquilo que lhe mostra manipuladamente a mídia (escrita, falada, televisada e compartilhada). Conhecimento heurístico, não científico. Inócuo para diminuir a criminalidade. Conclusão: em toda reforma penal o legislador é um cego que atira para todos os lados (aumentando penas, endurecendo a execução, cortando inconstitucionalmente direitos e garantias fundamentais, estimulando o encarceramento massivo etc.). Mas nada disso nunca funcionou positivamente em termos de prevenção.
Ao saber do problema ele se põe a trabalhar, a aprovar novas leis, sempre mais severas. Mas os números da criminalidade não diminuem. Por falta de contato direto com os acontecimentos, cada vez mais seu trabalho vai se tornando puramente simbólico (enganador, fraudulento, midiático). Parafraseando M. Bomfim, as reformas penais no Brasil são tão inativas e estéreis como os monges virtuosos.


Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz...


Comentários interessantes:
Professor Luiz Flávio, sou Delegado de Polícia Civil na Bahia a 13 anos e policial a 15 anos e concordo plenamente com seu artigo. O legislador Brasileiro atua de forma amadora não se valendo de estudos ou de pessoas de fato gabaritadas para resolver a problemática penal. 

Nossa Justiça funciona muito mal, bem como os organismos de segurança pública. Hoje os nossos presídios são ambientes livres para a pratica de delitos, sendo verdadeiros escritórios do crime organizado com uso liberado de celulares, drogas e até acesso a armas de fogo, não existe nenhuma atividade de inteligência efetiva após o encarceramento do condenado para coibir estes delitos. 

Até hoje não foi implementada a audiência por vídeo conferência e a tornozeleira eletrônica, o que seria de extrema utilidade para evitar longos deslocamento de presos o que é caro e arriscado e no caso da tornozeleira, (desde que tivesse uma central de monitoramento eficiente) preveniria pratica de outros crimes e fugas. Fala-se muito que os homicídios são relacionados ao tráfico de drogas, o que pela minha experiência concordo, em torno de 80% destes delitos tem relações com a traficância. 

Porém nobre professor o Brasil somente produz maconha (especialmente no nordeste) e somos vizinhos dos dois maiores produtores de cocaína do mundo (Bolívia e Colômbia), o Equador também é um grande produtor e também somos vizinhos do maior produtor mundial de maconha o Paraguai, e ninguém fala em implementar a LEI COMPLEMENTAR Nº 136, DE 25 DE AGOSTO DE 2010, a qual concedeu poder de Polícia as Forças Armadas para efetuarem o policiamento ostensivo das fronteiras, tudo entra no nosso país sem um efetivo controle, além do entorpecente temos claro armas, contrabando e evasão de divisas que não se toma providências efetivas. 

Concordo que o encarceramento deva ser reservado a delitos graves, como roubo, tráfico, homicídio, no entanto, também temos de estudar uma politica de repressão aos pequenos delitos, para se eliminar o sentido de permissividade e impunidade que assola a nossa sociedade. As pessoas se alcoolizam e dirigem veículos, aeronaves e barcos, desacatam servidores públicos, descumprem decisões judiciais e tudo fica do mesmo jeito. 

A reincidência nos crimes considerados hediondos e imensa, considero no minimo uma ingenuidade se acreditar que um traficante vai parar com sua atividade ilícita, mesmo que tenha oportunidade de trabalhar, frente ganhar verdadeiras fortunas com a atividade e ainda ser respeitado pela "comunidade" sendo a sua atividade inclusive almejada pelos jovens como simbolo de ascensão social. 

Sei que não é fácil, mudar este estado de coisas, mas temos que evitar que entrem em nossas fronteiras armas e drogas diuturnamente. O roubo a bancos e a explosão de caixas eletrônicos e outra epidemia, não existe nenhum controle sobre a aquisição e uso de explosivos pelas pedreiras e cooperativas de mineradores, os os quais segue registram um BO quando são roubados, para não perderem a autorização, mas não se observa se o explosivo adquirido de fato foi utilizado, sendo da competência do Exército Brasileiro faze-lo. Esta difícil!

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Gostei do Tema - muito válido para a atualidade onde o mundo presenciou no presidio de Pedrinhas a decapitação de 3 detentos. Detentos andando com a cabeça de seu desafeto dentro do presidio - Os tempos passaram mas o homem continua a ser primitivo como o caçador das cavernas, uns lutando para sobreviver custe o que custar, tirando o mais precioso de cada um - A VIDA. 
Falta no sistema prisional a presença marcante da pessoa da recuperação carcerária - o ser humano precisa ser ensinado sempre, vale o brocado "água mole em pedra dura tanto bate até que fura". 
A ira do ser humano é barbara, precisa ser contida com ações humanitárias sérias e verossímeis, de modo a adaptar estes seres humanos para o convívio social. Cadê a pastoral carcerária? ineficaz - Cadê o aprendizado de modo a alfabetizar o detendo que são inúmeros analfabetos? ineficaz . 
Cadê a escola presente no presidio, só criam obstáculos fazendo com que a família se desdobre para conseguir documentos desnecessários para o detendo aprender algo. Cadê o incentivo para que o detento se interesse para iniciar o trabalho, aprendendo um oficio, mesmo no regime fechado. É precaríssimo e em muitos presídios não tem.
 Assim a população carcerária de quase 600.000, no brasil, só vive na ociosidade pelo sistema prisional errado e ineficaz. Enfim são tantos descasos que debruçamos a cabeça nas mãos e lamentamos. Quanto ao sistema no todo não se pode pensar isoladamente e sim no conjunto todo. incluindo os TRES PODERES.

VOCÊ SABE O QUE É UM RISCO N'AGUA?
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Professor, faço o 4º período de Direito e concordo exatamente com o seu pensamento neste sentido. Aumentar a penalização não irá resolver o problema da criminalidade, haja vista que as leis já existentes fossem verdadeiramente efetivas.
 Contudo temos outra problemática, o nosso sistema, de maneira geral está totalmente defasado. E a sociedade, a grande massa, sem conhecimento, apesar de vivermos em pleno século XXI, volta a pensar como se estivéssemos no feudalismo. 
E o mais desgastante é ver que alguns dos nossos juristas com todos os conhecimentos da lei e principalmente nas áreas sociológicas, filosóficas, princípios e mais princípios, para tentar entender a subjetividade, e aplicar melhor a lei, deixam-se influenciarem pela "massa" vingativa e a rapidez do desejo da penalização sem os meios descente para o ser humano (SISTEMA CARCERÁRIO).