terça-feira, 25 de junho de 2013

A Ultrademocracia


A Ultrademocracia


A Ultrademocracia é um modelo político-eleitoral no qual os cidadãos elegem seus representantes políticos através do voto direto e podem, a qualquer tempo durante o mandato dos eleitos, anular seu voto e/ou solicitar novas eleições para um determinado cargo.
Seu principal objetivo é garantir que o cidadão seja efetivamente representado pelo político que ajudou a eleger, durante toda a vigência de seu mandato.
O modelo possui a seguinte forma de funcionamento:
  • O eleitor pode, a qualquer tempo, solicitar a anulação de seu voto para um determinado cargo politico em seu respectivo cartório eleitoral. Esta solicitação é encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE, que, de forma segura e sigilosa, processará a anulação requisitada;
  • Uma vez concluída a anulação, os votos serão recontados e, caso o candidato eleito não tenha mais votos suficientes para permanecer no cargo, será substituído pelo segundo candidato melhor classificado;
  • O eleitor poderá ainda, a qualquer tempo e independentemente da anulação de seu voto, manifestar-se favorável à realização de novas eleições para um determinado cargo, também diretamente em seu cartório eleitoral. Caso seja  o desejo da maioria absoluta dos eleitores, novas eleições deverão ser realizadas naquele mesmo ano;
  • Caso a nova eleição seja para um cargo do Poder Executivo (Prefeito, Governador ou Presidente da República), o então atual eleito não poderá se candidatar na eleição extraordinária convocada pela população.
Origens
A Ultrademocracia nasceu da insatisfação de um grupo de cidadãos brasileiros em face da grande restrição de ação que o modelo eleitoral atual impõe aos eleitores.
O modelo é influenciado pelo sistema de Recall eleitoral adotado em parte dos Estados Unidos, Suiça, Canadá e países escandinavos, alvo de proposta de Emenda Constitucional de 2005, que aguarda, desde 2011, a designação de relator no Senado Federal
A Ultrademocracia propõe aprimoramentos ao sistema de Recall, ampliando as possibilidades de participação dos cidadão na política nacional graças à dinamicidade oferecida pelo sistema brasileiro de votação eletrônica.
A proposta agrega, ainda, os aspectos defendidos pelo voto distrital (http://www.euvotodistrital.org.br/), cujos benefícios são inúmeros, de forma a viabilizar a vinculação direta entre o voto do eleitor e o candidato eleito, ainda que este seja do Poder Legislativo (Vereador, Deputado ou Senador).

ENTREVISTA A MARCOLA E O EFEITO BUMERANGUE DA VIOLÊNCIA

Amigos, Amigas, boa noite! Após conversas com colegas sobre a situação das manifestações, uma dela me chamou atenção mais tarde...relatou-me que à caminho do trabalho, testemunhou adolescentes (classe C baixa), com vários pneus, levando-os para o centro da Rodovia tipo BR, Artéria mesmo! E ateando fogo aos pneus, pararam o transito...

Mais tarde, saindo eu do trabalho e também, trafego em parte,  por outra rodovia tipo BR e pouco mais a frente o transito parado, e no letreiro luminoso, informava manifestação bem a frente, creio que uns 20km a frente.

Estes fatos me fizeram pensar em paralelos, tempos atrás, retaliações criminosas em SP, Santa Catarina, com cenas do tipo, depredações, ataques a sociedade como uma afronta e demonstração cabal de sua organização e poder!

Além de Jovens do MPL, vimos a chegada de bandos de ativistas depredadores, e tal!

Lembrei-me também, da entrevista simulada ao Líder Marcos Camacho - o  Marcola, e a trouxe para aqueles que ainda não a leram e aos que já leram, repensem sobre esta ficção.

Bem como , a mesma, serve como base para estudo de Rocio Castro Kaustener, que fragmenta a fala do "Marginal" e as traduz sob a luz de teorias analíticas do comportamento humano perante as sociedades em constantes transformações.



ENTREVISTA A MARCOLA E O EFEITO BUMERANGUE DA
VIOLÊNCIA

Rocio Castro Kaustener

"RESUMO: Este trabalho, inspirado no texto, amplamente difundido pela internet, do cineasta
Arnaldo Jabor , simulando entrevista ao líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcola, tem
como objetivo trazer uma reflexão sobre a violência na sociedade brasileira em particular, mas
também na sociedade globalizada em geral. A reflexão é feita à luz das teorias que falam da
construção das identidades como negação das diferenças que ameaçam a normalidade fictícia sobre
a qual têm se assentado, ao longo da história, os diferentes sistemas de dominação - patriarcado,
colonialismo e capitalismo."

Nota minha (RB): abaixo o link para lerem o trabalho de Rocio ou baixarem, caso prefiram.

Link:  entrevista a Marcola e o Efeito Bumerangue da Violência

Reflitam sobre as sementes plantadas!

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Entrevista a Marcola (simulacro)

Arnaldo Jabor. Jornal O Globo, segundo caderno, maio de 2006
‘Você é do PCC?”
— Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível... vocês nunca me olharam
durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio:
migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução é que nunca vinha... Que
fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos
desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”,
essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo...
Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...
Mas... a solução seria... 
Solução? Não há mais solução, cara... A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho
das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só
viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma
imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria
de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática
secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão
agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma
reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias
municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios...) E tudo isso custaria
bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou
seja: é impossível. Não há solução.
Você não têm medo de morrer? 
Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me
matar... mas eu posso mandar matar vocês lá fora... Nós somos homens-bomba. Na favela tem
cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e,
no meio, a fronteira da morte, a única fronteira.

Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um
drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa
vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é:
chegamos, somos nós! Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né?
Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante... mas meus soldados todos são estranhas
anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados.
Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto
analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da
cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da
Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera
uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a
merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de
um grande erro sujo.
— O que mudou nas periferias?
Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com
40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá
ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no
“microondas”... ha, ha... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos
métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês,
em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados.
Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de
humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós
fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora,
somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que
passa o surto de violência.
— Mas o que devemos fazer?
Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem
generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso?
O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O país está quebrado,
sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos,
empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz,
“Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas
brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Pra acabar com
a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”,
daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?
--- Mas... não haveria solução?
Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais
normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou
ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e
vocês... não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução.
Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino
Dante: “Lasciate ogna speranza voi che entrate!” Percam as esperanças. Estamos todos no inferno.

Uma Pergunta: Será que estes homens políticos do mal, encarcerados e livres não tem nenhuma participação nestes eventos ?

MST - O SIGNIFICADO E AS PERSPECTIVAS DAS MOBILIZAÇÕES

O SIGNIFICADO E AS PERSPECTIVAS DAS MOBILIZAÇÕES

Terça-feira, 25 de junho de 2013 - Ano 10 - nº 199


Por Nilton Viana
Do Brasil de Fato


"É hora do governo aliar-se ao povo ou pagará a fatura no futuro". Essa é uma das avaliações de João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST sobre as mobilizações em todo o país.

Segundo ele, há uma crise urbana instalada nas cidades brasileiras, provocada por essa etapa do capitalismo financeiro. "As pessoas estão vivendo um inferno nas grandes cidades, perdendo três, quatro horas por dia no trânsito, quando poderiam estar com a família, estudando ou tendo atividades culturais", afirma.

Para o dirigente do MST, as redução da tarifa interessava muito a todo o povo e esse foi o acerto do Movimento Passe Livre, que soube convocar mobilizações em nome dos interesses do povo.

Nesta exclusiva ao Brasil de Fato, Stedile fala sobre o caráter dessas mobilizações, e faz um chamamento: devemos ter consciência da natureza dessas manifestações e irmos todos para as ruas disputar corações e mentes para politizar essa juventude que não tem experiência  da luta de classes. "A juventude está de saco cheio dessa forma de fazer política burguesa, mercantil", constata.

E faz um alerta: o mais grave foi que os partidos de esquerda institucional, todos eles, se moldaram a esse métodos. Envelheceram e se burocratizaram.

 As forças populares e os partidos de esquerda precisam colocar todas as suas energias para ir à rua, pois está ocorrendo, em cada cidade, em cada manifestação, uma disputa ideológica permanente da luta dos interesses de classes. "Precisamos explicar para o povo quem são seus principais inimigos".

Como você analisa as recentes manifestações que vem sacudindo o Brasil nas últimas semanas? Qual é base econômica para elas terem acontecido?
Há muitas avaliações de porque estarem ocorrendo estas manifestações. Me somo à analise da professora Erminia Maricato, que é nossa maior especialista em temas urbanos e já atuou no Ministério das Cidades na gestão Olivio Dutra.

Ela defende a tese de que há uma crise urbana instalada nas cidades brasileiras provocadas por essa etapa do capitalismo financeiro. Houve uma enorme especulação imobiliária que elevou os preços dos alugueis e dos terrenos em 150% nos últimos três anos.

O capital financiou sem nenhum controle governamental a venda de automóveis, para enviar dinheiro pro exterior e transformou nosso trânsito um caos. E nos últimos dez anos não houve investimento em transporte público. O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, empurrou os pobres para as periferias, sem condições de infraestrutura.

Tudo isso gerou uma crise estrutural em que as pessoas estão vivendo num inferno nas grandes cidades, perdendo três, quatro horas por dia no trânsito, quando poderiam estar com a família, estudando ou tendo atividades culturais.

Somado a isso, a péssima qualidade dos serviços públicos em especial na saúde e mesmo na educação, desde a escola fundamental, ensino médio, em que os estudantes saem sem saber fazer uma redação. E o ensino superior virou lojas de vendas de diplomas a prestações, onde estão 70% dos estudantes universitários.

E do ponto de vista político, por que aconteceu?
Os quinze anos de neoliberalismo e mais os últimos dez anos de um governo de composição de classes transformou a forma de fazer política refém apenas dos interesses do capital. 

Os partidos ficaram velhos em suas práticas e se transformaram em meras siglas que aglutinam, em sua maioria, oportunistas para ascender a cargos públicos ou disputar recursos públicos para seus interesses.

Toda juventude nascida depois das diretas já, não teve oportunidade de participar da política. Hoje, para disputar qualquer cargo de vereador, por exemplo, o sujeito precisa ter mais de 1 milhão de reais. Deputado custa ao redor de 10 milhões de reais. 

Os capitalistas pagam, e depois os políticos obedecem. 

A juventude está de saco cheio dessa forma de fazer política burguesa, mercantil.

Mas o mais grave foi que os partidos da esquerda institucional, todos eles, se moldaram a esses métodos. Envelheceram e se burocratizaram. E, portanto, gerou na juventude uma ojeriza a forma dos partidos atuarem. E eles tem razão. A juventude não é apolítica, ao contrário, tanto é que levou a política às ruas, mesmo sem ter consciência do seu significado.

Estão dizendo que não aguentam mais assistir na televisão essas práticas políticas, que sequestraram o voto das pessoas, baseadas na mentira e na manipulação. E os partidos de esquerda precisam reaprender que seu papel é organizar a luta social e politizar a classe trabalhadora. Senão cairão na vala comum da história.

E porque as manifestações eclodiram somente agora?
Provavelmente tenha sido a soma de diversos fatores de caráter da psicologia de massas, mais do que alguma decisão política planejada. Somou-se todo o clima que comentei, mais as denúncias de superfaturamento das obras dos estádios, que é um acinte ao povo. 

Vejam  alguns episódios. A Rede Globo recebeu do governo do estado do Rio e da prefeitura, 20 milhões de reais de dinheiro público para organizar o showzinho de apenas duas horas, no sorteio dos jogos da Copa das Confederações.

O estádio de Brasília custou 1,4 bilhões de reais e não tem ônibus na cidade! A ditadura explícita e as maracutaias que a FIFA/CBF impuseram e os governos se submeteram. A reinauguração do Maracanã foi um tapa no povo brasileiro. As fotos eram claras: no maior templo do futebol mundial não havia nenhum negro ou mestiço!

E aí o aumento das tarifas de ônibus foi apenas a faísca para ascender o sentimento generalizado de revolta, de indignação. A gasolina para a faísca veio do governo Gerlado Alckmin, que protegido pela mídia que ele financia e acostumado a bater no povo impunemente, como fez no Pinheirinho, jogou sua polícia para a barbárie. Aí todo mundo reagiu. 

Ainda bem que a juventude acordou. E nisso houve o mérito do Movimento Passe Livre, que soube capitalizar essa insatisfação popular e organizou os protestos na hora certa.

Por que a classe trabalhadora ainda não foi à rua?

É verdade, a classe trabalhadora ainda não foi para a rua. Quem está na rua são os filhos da classe média, da classe média baixa, e também alguns jovens do que o André Singer chamaria de sub-proletariado, que estudam e trabalham no setor de serviços, que melhoraram as condições de consumo, mas querem ser ouvidos. Esses últimos apareceram mais em outras capitais e nas periferias.

A redução da tarifa  interessava muito a todo povo e esse foi o acerto do MPL. Soube convocar mobilizações em nome dos interesses do povo. E o povo apoiou as manifestações e isso está expresso nos índices de popularidade dos jovens, sobretudo quando foram reprimidos.

A classe trabalhadora demora a se mover, mas quando se move, afeta diretamente ao capital. Coisa que ainda não começou a acontecer. Acho que as organizações que fazem a mediação com a classe trabalhadora ainda não compreenderam o momento e estão um pouco tímidas. Mas acho que enquanto classe, ela também está disposta a lutar. Veja que o número de greves por melhorias salariais já recuperou os padrões da década de 80.
Acho que é apenas uma questão de tempo, e se as mediações acertarem nas bandeiras que possam motivar a classe a se mexer. Nos últimos dias, já se percebe que em algumas cidades menores, e nas periferias das grandes cidades, já começam a ter manifestações com bandeiras de reivindicações bem localizadas. E isso é muito importante.

E vocês do MST e camponeses também não se mexeram ainda.


É verdade. Nas capitais onde temos assentamentos e agricultores familiares mais próximos já estamos participando. E inclusive sou testemunho de que fomos muito bem recebidos com nossa bandeira vermelha, com nossa reivindicação de Reforma Agrária e alimentos saudáveis e baratos para todo povo.
Acho que nas próximas semanas poderá haver uma adesão maior, inclusive realizando manifestações dos camponeses nas rodovias e municípios do interior. Na nossa militância  está todo mundo doido para entrar na briga e se mobilizar. Espero que também se mexam logo.

Na sua opinião, qual é a origem da violência que tem acontecido em algumas manifestações?
Primeiro vamos relativizar. A burguesia através de suas televisões tem usado a tática de assustar o povo colocando apenas a propaganda dos baderneiros e quebra-quebra.  São minoritários e insignificantes diante das milhares de pessoas que se mobilizaram.

Para a direita interessa colocar no imaginário da população que isso é apenas bagunça, e no final se tiver caos, colocar a culpa no governo e exigir a presença das forças armadas. Espero que o governo não cometa essa besteira de chamar a guarda nacional e as forças armadas para reprimir as manifestações. É tudo o que a direita sonha!
Quem está provocando as cenas de violência é a forma de intervenção da Policia Militar. A PM foi preparada desde a ditadura militar para tratar o povo sempre como inimigo. E nos estados governados pelos tucanos(SP, RJ e MG), ainda tem a promessa de impunidade.

Há grupos direitistas organizados com orientação de fazer provocações e saques. Em São Paulo atuaram grupos fascistas e leões de chácaras contratados. No Rio de Janeiro atuaram as milícias organizadas que protegem seus políticos conservadores. E claro, há também um substrato de lumpesinato que aparece em qualquer mobilização popular, seja nos estádios, carnaval, até em festa de igreja tentando tirar seus proveitos.

Há então uma luta de classes nas ruas ou é apenas a juventude manifestando sua indignação?
É claro que há uma luta de classes na rua. Embora ainda concentrada na disputa ideológica. E o que é mais grave, a própria juventude mobilizada, por sua origem de classe, não tem consciência de que está participando de uma luta ideológica.

Vejam, eles estão fazendo política da melhor forma possível, nas ruas. E ai escrevem nos cartazes: somos contra os partidos e a política? Por isso tem sido tão difusa as mensagens nos cartazes. Está ocorrendo em cada cidade, em cada manifestação, uma disputa ideológica permanente da luta dos interesses de classes. Os jovens estão sendo disputados pelas idéias da direita e pela esquerda. Pelos capitalistas e pela classe trabalhadora.

Por outro lado, são evidentes os sinais da direita muito bem articulada, e de seus serviços de inteligência, que usam a internet, se escondem atrás das mascaras e procuram criar ondas de boatos e opiniões pela internet. De repente uma mensagem estranha alcança milhares de mensagens. 

E ai se passa a difundir o resultado como se ela fosse a expressão da maioria.
Esses mecanismos de manipulação foram usados pela CIA e o departamento de estado Estadunidense na primavera árabe, na tentativa de desestabilização da Venezuela, na guerra da Síria. E é claro que eles estão operando aqui também para alcançar os seus objetivos.

E quais são os objetivos da direita e suas propostas?
A classe dominante, os capitalistas, os interesses do império Estadunidense e seus porta-vozes ideológicos que aparecem na televisão todos os dias, tem um grande objetivo: desgastar ao máximo o governo Dilma, enfraquecer as formas organizativas da classe trabalhadora, derrotar qualquer propostas de mudanças estruturais na sociedade brasileira e ganhar as eleições de 2014, para recompor uma hegemonia total no comando do estado brasileiro, que agora está em disputa.

Para alcançar esses objetivos eles estão ainda tateando, alternando suas táticas. As vezes provocam a violência, para desfocar os objetivos dos jovens. As vezes colocam nos cartazes dos jovens a sua mensagem. Por exemplo, a manifestação do sábado em São Paulo, embora pequena, foi totalmente manipulada por setores direitistas que pautaram apenas a luta contra a PEC 37, com cartazes estranhamente iguais e palavras de ordem iguais.
Certamente a maioria dos jovens nem sabem do que se trata. E é um tema secundário para o povo, mas a direita está tentando levantar as bandeiras da moralidade, como fez  a UDN (União Democrática Nacional) em tempos passados. Isso que já estão fazendo no Congresso, logo logo, vão levar às ruas.

Tenho visto nas redes sociais controladas pela direita que suas bandeiras, além da PEC 37, são a saída do Renan do Senado, CPI e transparência dos gastos da Copa, declarar a corrupção crime hediondo, e fim do Foro especial para os políticos. Já os grupos mais fascistas ensaiam Fora Dilma e abaixo-assinados pelo impechment.

Felizmente essas bandeiras não tem nada ver com as condições de vida das massas, ainda que elas possam ser manipuladas pela mídia. E objetivamente podem ser um tiro no pé. Afinal, é a burguesia brasileira, seus empresários e políticos que são os maiores corruptos e corruptores. Quem se apropriou dos gastos exagerados da Copa? A Rede Globo e as empreiteiras!

Quais os desafios que estão colocados para a classe trabalhadora e as organizações populares e partidos de esquerda?
Os desafios são muitos. Primeiro devemos ter consciência da natureza dessas manifestações, e irmos todos para a rua, disputar corações e mentes para politizar essa juventude que não tem experiência da luta de classes. 

Segundo, a classe trabalhadora precisa se mover. Ir para a rua, manifestar-se nas fábricas, campos e construções, como diria Geraldo Vandré. 

Levantar suas demandas para resolver os problemas concretos da classe, do ponto de vista econômico e político.

Terceiro, precisamos explicar para o povo quem são seus principais inimigos. E agora são os bancos, as empresas transnacionais que tomaram conta de nossa economia, os latifundiários do agronegócio, e os especuladores.

Precisamos tomar a iniciativa de pautar o debate na sociedade e exigir a aprovação do projeto de redução da jornada de trabalho para 40 horas; exigir que a prioridade de investimentos públicos seja em saúde, educação, Reforma Agrária.

Mas para isso o governo precisa cortar juros e deslocar os recursos do superávit primário, aqueles 200 bilhões de reais que todo ano vão para apenas 20 mil ricos, rentistas, credores de uma dívida interna que nunca fizemos, deslocar para investimentos produtivos e sociais. E é isso que a luta de classes coloca para o governo Dilma: os recursos públicos irão para a burguesia rentista ou para resolver os problemas do povo?

Aprovar em regime de urgência para que vigore nas próximas eleições uma reforma política de fôlego, que no mínimo institua o financiamento público exclusivo da campanha. Direito a revogação de mandatos e plebiscitos populares auto-convocados.

Precisamos de uma reforma tributária que volte a cobrar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) das exportações primárias, penalize a riqueza dos ricos e amenize os impostos dos pobres, que são os que mais pagam.

Precisamos que o governo suspenda os leilões do petróleo e todas as concessões privatizantes de minérios e outras áreas públicas. De nada adianta aplicar todo royalties do petróleo em educação, se os royalties representarão apenas 8% da renda petroleira, e os outros 92% irão para as empresas transnacionais que vão ficar com o petróleo nos leilões!

Uma reforma urbana estrutural, que volte a priorizar o transporte público, de qualidade e com tarifa zero. Já está provado que não é caro e nem difícil instituir transporte gratuito para as massas das capitais. Controlar a especulação imobiliária.

E finalmente, precisamos aproveitar e aprovar o projeto da Conferência Nacional de Comunicação, amplamente representativa, de democratização dos meios de comunicação. Para acabar com o monopólio da Globo e para que o povo e suas organizações populares tenham ampla acesso a se comunicar, criar seus próprios meios de comunicação, com  recursos públicos. 

Ouvi de diversos movimentos da juventude que estão articulando as marchas, que talvez essa seja a única bandeira que unifica a todos: Abaixo ao monopólio da Globo!
   
Mas para que essas bandeiras tenham ressonância na sociedade e pressionem o governo e os políticos, somente acontecerá se a classe trabalhadora se mover.

O que o governo deveria  fazer agora?
Espero que o governo tenha a sensibilidade e a inteligência de aproveitar esse apoio, esse clamor que vem das ruas, que é apenas uma síntese de uma consciência difusa na sociedade, que é hora de mudar. E mudar a favor do povo.

E para isso o governo precisa enfrentar a classe dominante, em todos os aspectos. Enfrentar a burguesia rentista, deslocando os pagamentos de juros para investimentos em áreas que resolvam os problemas do povo. Promover logo as reformas políticas, tributárias. Encaminhar a aprovação do projeto de democratização dos meios de comunicação. Criar mecanismos para investimento pesados em transporte público, que encaminhem para a tarifa zero. Acelerar a Reforma Agrária e um plano de produção de alimentos sadios para o mercado interno.

Garantir logo a aplicação de 10% do PIB em recursos públicos para a educação em todos os níveis, desde as cirandas infantis nas grandes cidades, ensino fundamental de qualidade, até a universalização do acesso dos jovens à universidade pública.

Sem isso, haverá uma decepção, e o governo entregará para a direita a iniciativa das bandeiras, que levarão a novas manifestações visando desgastar o governo até as eleições de 2014. É hora do governo aliar-se ao povo, ou pagará a fatura no futuro. 

E que perspectivas essas mobilizações podem levar para o país nos próximos meses?
Tudo ainda é uma incógnita. Porque os jovens e as massas estão em disputa.

Por isso que as forças populares e os partidos de esquerda precisam colocar todas suas energias para ir à rua. Manifestar-se, colocar as bandeiras de luta de reformas que interessam ao povo, porque a direita vai fazer a mesma coisa e colocar as suas bandeiras conservadoras, atrasadas, de criminalização e estigmatização das idéias de mudanças sociais.

Estamos em plena batalha ideológica que ninguém sabe ainda qual será o resultado. Em cada cidade, cada manifestação, precisamos disputar corações e mentes. 

E quem não entrar, ficará de fora da história.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quando um país é vítima da Cleptocracia.

A palavra “cleptocracia” significa “Estado governado por ladrões”, literalmente. 


O termo se refere a um tipo de governo no qual as decisões são tomadas com extrema

parcialidade, indo totalmente ao encontro de interesses pessoais dos detentores do poder 

político.


Na cleptocracia, a riqueza é extraída de toda a população e destinada a um grupo específico


de indivíduos detentores de poder. 


Muitas vezes são criados programas, leis e projetos sem nenhuma lógica ou viabilidade, 

que no fundo, possuem a função de beneficiar certos indivíduos ou simplesmente desviar a 

verba pública para os bolsos dos governantes.


Recessão econômica e desintegração dos direitos civis são as principais conseqüências


desse modelo de corrupção. 


Em tese, todos os Estados tendem a se tornar cleptocratas. 


No entanto, isso é evitado através do combate real dos cidadãos a essa situação, ou seja, a

cleptocracia é eliminada por meio do capital social da sociedade.


Te Pergunto:

Em qual dos poderes instituídos no Brasil, pode estar instalada a cleptocracia?

1- Prefeituras e suas secretarias;
2- Governos Estaduais e suas secretarias e sub-prefeituras;
3- Governo Executivo e seus ministérios / Secretarias;
4- Câmara de Vereadores;
5- Câmara de Deputados estaduais e federais;
6- Senado.

Universidades virtuais A educação presencial não anda lá bem das pernas. Serão os modelos virtuais capazes de responder aos enormes desafios atuais?

por Thomaz Wood Jr. — publicado 13/08/2012 10:11, última modificação 13/08/2012 10:17
George Bernard Shaw fuzilou: “Desde pequeno tive de interromper minha educação para ir à escola”. Albert Einstein não ficou atrás: “É um milagre que a curiosidade sobreviva à educação formal”.
Nossa sociedade celebra a educação, mas não perde oportunidade para criticar as escolas. E não faltam motivos. O Brasil tem um sistema peculiar. Nossa antiga classe média frequenta colégios privados e universidades públicas, nas quais entra sem objetivos, frequenta sem inibições e sai sem aspirações. Durante quatro ou cinco anos, convive com mestres de imponentes insígnias e pouco apreço à educação.
Nossa nova classe média frequenta colégios públicos e universidades privadas, nas quais entra com algumas ambições, frequenta como pode e sai por sorte. Durante quatro ou cinco anos, convive com mestres que são verdadeiros operários do ensino, com muitas contas a pagar e pouco tempo para se dedicar.
Agora, dizem os sabidos e novidadeiros, a grande novidade é a universidade virtual. Mais uma vez, profetizam, as novas tecnologias vão operar o milagre de transformar água em vinho, pedra em pão. Será?
O Coursera é um start-up norte-americano criado pelos professores de Ciência da Computação Daphne Koller e Andrew Ng, da Universidade de Stanford, matriz maior de empresas do Vale do Silício. A empresa foi criada com a missão de oferecer, gratuitamente, por meio da internet, a qualquer indivíduo, a melhor educação do mundo, leia-se, aquela oferecida pelas melhores universidades. Por enquanto, a empresa sobrevive graças a investidores.
O fato relevante foi o anúncio recente de que mais uma seleta lista de universidades concordou em fornecer conteúdo para o Coursera disponibilizar na rede. As parceiras da empresa agora incluem as universidades de Princeton, Duke, Stanford, Pensilvânia, Michigan, Toronto e Edimburgo, entre outras. Uma delas já declarou que reconhecerá créditos realizados no Coursera, outras duas informaram que colocarão mais 3,7 milhões de dólares na empresa, elevando os investimentos a 22 milhões de dólares. No próximo período letivo, o Coursera pretende oferecer mais de cem cursos online, visando atingir 100 mil alunos. Não é pouco!
A educação superior tornou-se uma grande questão e, ao mesmo tempo, um grande negócio, atraindo empreendedores e investidores. O Coursera não está sozinho. Seus concorrentes incluem o projeto edX, da Universidade Harvard e do MIT, a Udacity e a Minerva. No Brasil, há iniciativas similares, tais como o Veduca, da iniciativa privada, e a Univesp, do governo do Estado de São Paulo.
Pensada como negócio, a educação superior é extremamente ineficiente: é cara, atende apenas uma pequena parcela da população e desperdiça recursos, à medida que cada professor (um recurso escasso e caro) cria o próprio conteúdo e o repete semestre a semestre para pequenas plateias, nem sempre muito interessadas. Segundo Koller, do Coursera, as aulas tradicionais surgiram há centenas de anos quando havia apenas uma cópia do livro, a do professor. Portanto, a única maneira de transmitir o conteúdo era o professor sentar na frente da classe e ler o livro. Hoje, com o uso das tecnologias de informação e comunicação, há maneiras mais eficientes de transmitir conteúdo, sugeriu a empreendedora em entrevista para a revista The Atlantic.
Naturalmente, as investidas da lógica de mercado sobre a educação superior causam arrepios. Entretanto, iniciativas como as do Coursera não devem ser temidas. Aulas ao vivo, para grandes plateias, como ocorre com frequência nos ciclos básicos dos cursos superiores, estão se tornando anacrônicas. Alguns professores tentam agir como animadores de auditório, usam anedotas e recursos performáticos para manter a atenção das hordas de apedeutas. A vítima é o aprendizado.
Um sistema de estudo dirigido, com apoio de recursos online e que respeite o ritmo do aprendiz pode, eventualmente, ajudar. Afinal, o valor de frequentar uma instituição de ensino superior não está nas aulas básicas, mas no contato com professores e colegas, na criação de redes de relacionamento e, principalmente, no trabalho conjunto e na realização de projetos de interesse comum.

Iniciativas como as do Coursera e de seus pares estão ainda em sua infância. Os conteúdos são fragmentados e muitos registros foram feitos simplesmente colocando-se uma câmera no fundo de uma sala de aula. A estética é pobre, e o material divulgado não é atraente. A grande promessa pode se transformar em grande decepção. Não terá sido a primeira vez. Não será a última. Talvez, o que precisamos é mais Jean Piaget e menos Bill Gates; mais Paulo Freire, menos Steve Jobs.

Onde está a voz de Lula ?

O pastor Silas Malafaia falou novamente sobre as manifestações em todo o país. Dessa vez, o líder religioso cobrou um posicionamento do ex-presidente Lula, questionando o silêncio do político diante atual situação política do país.
Através do Twitter, o pastor questionou a falta de posicionamento do ex-presidente que, como ex-líder sindical tem um grande histórico de participação e organização em movimentos populares.

- Interessante > cade o carismático presidente LULA q se intromete em tudo,inclusive no governo Dilma,sumiu? Tomou doril? Nenhuma palavra? Porque sera q a imprensa ñ cobra um posicionamento do LULA sobre as manifestações? Homem q governou o país 8 anos e fez sucessor,ñ fala? (sic) – questionou o religioso, que ressaltou que até mesmo o também ex- presidente Fernando Henrique Cardoso já se pronunciou sobre os protestos.
- Eu q sou pastor com muitos cidadãos estamos dando opinião, Lula q é tão carismático ñ fala nada? Lula cade voce,o povo quer te ouvir. Lula cade voce? O povo quer ouvir sua opinião como um dos maiores lideres da história recente do Brasil, queira alguém goste ou ñ.tem q falar (sic) – completou Malafaia.
As afirmações do pastor motivou uma série de críticas por parte de apoiadores de Lula e do PT. Em resposta aos seguidores que saíram em defesa de Lula, Malafaia questionou: – Os petistas aqui estão irritadíssimos, porque? A verdade dói? é vergonhosa a proteção da imprensa parcial com o petismo. Lula cade voce? (sic)
- Para os lulistas aqui > ele ñ tem nada haver com a situação econômica atual do Brasil, a culpa é da Dilma. contem outra piada pra gente rir. Compraram a UNE, sindicatos, sem terra, parte da imprensa, políticos e até religiosos, se esqueceram q o povo ñ esta a venda, olha o q deu. – (sic) – completou.
Malafaia ainda ironizou afirmações de que os protestos não tem como alvo o Governo Federal, e reafirmou não concordar com a longa duração das manifestações.
- A piada de petistas > as manifestações ñ são contra o governo. Deve ser contra minha mãe kkkkkkkkkkkk vou dar gargalhada ahahahahaha piada! (sic) – disse o pastor, que finalizou: – Ultima pra rir > quando a coisa é boa,é o PT q faz, quando é ruim é o governo q passou, diabo, talvez os evangelicos.
Por Dan Martins, para o Gospel+

Busquei mais opiniões de Lula recentemente sobre as demais questões levantadas em manifestações democráticas e não encontrei, caso alguém tenha encontrado favor informar.

abaixo a única declaração encontrada por mim:

17/06/2013

“Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas.
Não existe problema que não tenha solução. A única certeza é que o movimento social e as reivindicações não são coisa de polícia, mas sim de mesa de negociação.
Estou seguro, se bem conheço o prefeito Fernando Haddad, que ele é um homem de negociação. Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano.
Lula