sábado, 18 de abril de 2015

Ao ler artigo de Daniel Kahneman e Angus Deaton, diretor de empresa aumenta para U$70 mil salário mínimo de funcionários.

Um jovem diretor de uma empresa de Seattle (EUA) decidiu reduzir em 90% a sua remuneração com o objetivo de aumentar o salário mínimo anual de seus funcionários para 70 mil dólares por ano.
Seattle já estava no centro do atual debate sobre desigualdades salariais entre funcionários e diretores no país. A cidade tomou a frente nos protestos de milhares de norte-americanos nas ruas dos EUA, que pediam aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora. Seattle agora tem o salário mínimo mais alto do país e já foi alvo de muitas críticas de economistas, donos de restaurantes e de outros empreendimentos, pois afirmam que terão que aumentar o custo de seus produtos para manter os funcionários.
Não foi o caso de Dan, que cortou seu próprio salário para poder manter a política de aumento. Dan confessa que tomou esta decisão ao ler o artigo High income improves evaluation of life but not emotional well-being(salários altos melhoram a avaliação da vida, mas não o bem-estar emocional), escrito em parceria entre os economistas Daniel Kahneman e Angus Deaton.
No estudo, eles definem bem-estar emocional como “a qualidade emocional da experiência cotidiana de um indivíduo, a frequência e a intensidade das experiências de prazer, estresse, tristeza, raiva e afeição que tornam a vida de alguém mais prazerosa ou não prazerosa." Segundo os economistas, este bem-estar emocional aumenta de acordo com o salário, mas até certo ponto. E este ponto é uma média de 75 mil dólares por ano. A partir deste valor, o dinheiro ganho não influencia tanto no aspecto emocional dos indivíduos. Kahneman esclarece que um salário acima desta marca pode não comprar felicidade, mas, abaixo desta marca, pode impedir felicidade.
Assista abaixo ao vídeo com Dan Price (observe a reação dos funcionários) e clique aqui para ler o artigo de Kahneman e Deaton.

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