terça-feira, 16 de julho de 2013

Macaé o”Eldorado” brasileiro !!

Segundo a lenda o Eldorado seria um lugar na qual uma cidade inteira seria construída em ouro maciço, e os tesouros nela encontrados em grande abundância. Muita gente acreditava neste local mítico, da qual alguns afirmavam que ficava no Deserto de Sonora no México, ou no Rio Amazonas, ou em algum ponto da América Central, e muitos destes exploradores correram incansavelmente em busca destas riquezas. Muitos destes encontraram apenas doenças, falência, ou foram devorados por nativos agressivos.




Similarmente, muita gente hoje aflui até a então desconhecida vila de pescadores que era Macaé até o inicio dos anos 80. Uma verdadeira “febre do ouro” negro, fez desta modesta vila, ostentar o título de a “capital brasileira do petróleo”. Desde então um crescimento rápido e desordenado transformou a imagem de uma “modesta vila de pescadores” em um cluster de grandes grupos ligados a indústria do Petróleo. São mais de 500 empresas de todos os ramos do mais lucrativo negócio formal dos últimos tempos, porem destas apenas uma pequena parcela são empresas ligadas à atividade de navegação marítima. A maioria destas grandes empresas, são grupos envolvidos em oferecer serviços, entre os quais manutenção e operação de equipamentos para a indústria do petróleo, da qual contratam mão de obra especializada.


Realmente a cidade fez muita gente que não tinha “nada” prosperar. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, Macaé é a cidade com a maior concentração de estrangeiros residentes no país, são mais de 12% da população, estes sim recebem altos salários (menores salários acima dos 5 mil dólares mensais), estes dados se referem a moradores fixos do local, e não o pessoal que trabalha “embarcado”.Porem devido ao fluxo contínuo de trabalhadores em busca de uma oportunidade, gerou uma famigerada corrida por empregos nas empresas do ramo. Normalmente muitas pessoas de várias regiões do país, algumas delas bem distantes, fazem de tudo ao seu alcance para conseguir o sonhado “primeiro embarque”. Engana se quem acha que é algo muito simples, ou que basta levantar a “CIR” na praça e pronto, já jogam um “lançante” no pescoço da pessoa e daí esta “tudo safo”.  São milhares de recém formados todos os anos nos cursos chamados de CFAQ ministrados em Capitanias e Delegacias dos Portos de todos os estados da federação, com a CIR no bolso, muitos destes se aventuram rumo ao “Eldorado”, deixando para trás família, um lar, as vezes até dívidas, talvez o antigo trabalho, porem estão em busca de um sonho. Mas chegando lá, este “Eldorado” não é nada daquilo que provavelmente imaginavam, pois vão conhecer centenas de “companheiros de pedra”, vivendo na maioria dos casos em pensões, e contraindo dívidas. É duro isto para quem as vezes achava que seria uma estadia de até uma semana apenas, e que a mesma se tornam meses, ou até ano, sem conseguir o almejado “embarque”.
Foi baseado num apelo de um colega que resolvi publicar este artigo, da qual não diz que não se deve tentar, porem também não tem o objetivo de iludir ninguém com falsas esperanças. Segue logo abaixo a opinião deste colega, que também esta na “pedra” em Macaé.
“Começo a pensar que o corre em Macaé, não deve ser tão demorado quanto as pessoas o fazem.
Ainda sou meio novo em “ficar na pedra”, mas to sentindo que quase tudo que eu faço aqui em Macaé, podia estar fazendo tranquilamente na minha cidade, eu só viria pra cá, se marcassem entrevista. Eu sem duvida gastaria menos, ficando em casa, e lá mesmo aonde moro, consigo empregos que pagam melhor, mais “dignos”, ou no mínimo com maior facilidade.

Se eu fosse aconselhar um completo novato (digo, alguém ainda mais novato que eu) eu diria:
- Explore TODAS as possibilidades que você puder explorar, envie e-mails, faça contatos pelo Facebook, consiga telefones de empresas, ligue pra elas, tente conseguir algum QI. E daí, quando perceber que já fez quase de tudo que podia ser feito, aí sim, iria pra Macaé, visitaria as empresas, tentaria deixar currículos pessoalmente, tentaria no Rio também, se planeje com questão de endereços, pousadas e afins, pois com planejamento tu sem dúvida vai poupar dinheiro e perder menos tempo caminhando dum lado pro outro feito um maluco.
Finalmente, ficaria em Macaé um tempo, mas só o suficiente pra tu ter feito as coisas que tu não conseguiria fazer por e mails e afins. E volta pra casa meu caro.

Toca tua vida, trabalha noutros ramos por hora, e continua na batalha com e-mails, telefonemas, e QI’s.

E aí, só vai pra Macaé novamente, se ao menos tiver uma entrevista marcada. Nem que vá de ônibus pra economizar, se não conseguir comprar passagem de avião antecipada. Mas ainda assim, no final das contas, é melhor do que passar 3, 4, 5 meses “perdido” por Macaé, se submetendo a situações, empregos, senhorios, que muitas vezes podem te fazer passar por situações que beiram a humilhação”.
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Concluindo.

“Welcome to Macaé”


Fonte:

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