quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Eike Batista prejudica a imagem da economia brasileira no exterior com calote

Ex-bilionário. Assim foi classificado o empresário brasileiro Eike Batista pelo portal norte-americano Business Insider, em artigo que fala dos bastidores do “calote” aplicado pela OGX esta semana para seus credores. 
A empresa de óleo e gás do conglomerado deixou de pagar juros de US$ 45 milhões referentes a um empréstimo. A resolução para esta questão deve ser definida oficialmente até o dia 30 de outubro.
De acordo com o artigo do portal especializado em economia, a OGX tem um pouco mais de US$ 3,6 bilhões em títulos em circulação, incluindo US$ 1 bilhão de bônus com vencimento em 2022 e US$ 2,6 bilhões em títulos, com vencimento em 2018. 
A Standard & Poors já alertou o mercado que não espera que a OGX consiga fazer seu próximo pagamento de juros referentes a 2018.
Ainda segundo a reportagem, com a inadimplência, a OGX conseguiu atingir a marca de maior calote aplicado por uma empresa latino-americana na história – o que a matéria chamou de apropriado, avaliando a história empresarial de Eike.
A explicação para críticas tão severas: na primavera de 2012, Eike era o sétimo homem mais rico do mundo, com um império de seis produtos da empresa em um dos países que mais crescem no mundo. 
Agora ele perdeu 99% de sua riqueza e seu império está caindo aos pedaços. E o Brasil, à sombra da situação de Eike, também enfrenta sérias dúvidas do mercado sobre sua situação econômica.
Nenhuma parte da história é tão terrível ou reflexiva, além da promessa quebrada de Batista (e, em certo sentido, do Brasil), como o colapso da OGX. Seus problemas não são difíceis de entender. 
A empresa previu ao mercado um produto que não poderia entregar. Os campos de petróleo de Batista não produziu as riquezas que ele esperava.
Sua esperança agora é a de reestruturar seu império, obter mais dinheiro de investidores, e continuar a desenvolver seus campos de petróleo - é por isso, inclusive, que ele está retendo dinheiro.

Eike Batista tem contratado advogados e consultorias de negócios para reestruturar suas empresas e tentar sanar suas dívidas. Porém, como os dados históricos brasileiros para resolver essas pendências, a tendência é de que ele continue se segurando, mas por pouco tempo: a dívida da OGX bate na casa dos US$ 3 bilhões.
A matéria lembra também que, de acordo com o Banco Mundial, o Brasil ocupa o nº 143 de 185 economias - quando se trata de insolvências.

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