Navios
Mercantes Brasileiros
A V I S O
I M P O R TA N T E
Esse
projeto foi criado a partir de dados coletados através dos anos, de
vários meios onde foi possivel localizar informações sobre a história
de nossa Gloriosa Marinha Mercante, e principalmente de seus navios.
(This
project was developed during years, collecting all kind of information
from all sources available regarding the history of Brazilian Merchant
Marine and mainly her ships)
É um trabalho feito por entusiastas, para entusiastas.
Bem-vindo a bordo!
(Welcome on board!)
Ruben:
Segue abaixo um dos navios catalogado pelo site, visitem o site e verão muitos navios desde os primórdios da marinha mercante brasileira, de todos os tipos e finalidades, sua história desde a fabricação, detalhes construtivos, onde navegou, tripulação , de fato um belo trabalho do grupo:
www.naviosbrasileiros.com.br
Classe Betelgeuse (Série T2) da Transroll
"Betelgueuse - Ostenta
com orgulho a bandeira do teu armador, levando sua mensagem de
modernidade, luta esperança e fé no futuro deste país"
(Agnes Bullentini Barbeito de Vasconcellos -
Madrinha do navio - Transcrição de parte de suas palavras por ocasião do
seu lançamento ao mar)
Marcelo Lopes
Origem
A Transroll Navegação S/A foi
organizada em 1976, com sede na cidade do Rio de Janeiro, iniciando
sua operação com o transporte marítimo utilizando navios próprios em
1979, com a incorporação do navio roll on roll off N/M Pioneiro.
Nesta época, fazia o transporte entre Brasil e Argentina, logo
expandindo para a costa oeste da América do Sul, tornando-se o maior
Armador no transporte de veículos do continente.
O N/M Pioneiro foi o único navio
próprio empregado no transporte de veículos, até o ano de 1987, quando
começou o plano de renovação e atualização da frota da empresa, sendo
prevista a construção de seis navios em duas classes diferentes, no
entanto, somente quatro foram construídos: A classe T1, composta pelos N/M Intrépido e Independente, a classe T 2 composta pelos navios multifuncionais N/M Betelgeuse(1) e Belatrix(2).
A classe T 2 ou Betelgeuse, foi inspirada na classe G 3,
do armador norte-americano Atlantic Container Line. Inicialmente,
previa-se que os navios seriam construídos pelo estaleiro Verolme
Estaleiros Reunidos do Brasil, localizado em Jacuacanga, na cidade de
Angra dos Reis/RJ. O projeto também já possuía capacidade na
superestrutura para o transporte roll on roll off.
Com o desenvolvimento do projeto, a construção foi entregue ao estaleiro Engenharia e Máquinas S/A – EMAQ,
no Rio de Janeiro/RJ, sendo a capacidade transporte de veículos na
superestrutura alterada, diminuindo conseqüentemente seu tamanho em
relação ao projeto original, utilizando o espaço a ré da mesma para o
transporte de containers no convés superior. Outra diferença em relação aos G 3, é que a classe T 2 pode operar somente com containers, somente como roll on roll of ou com ambas as capacidades, pois seus porões têm decks interligados, possibilitando a integração de todos os decks
internos, sendo possível ainda o transporte de volumes pesados, na
área abaixo de sua superestrutura, acima da praça de máquinas. Para o
transporte completo apenas com containers, bastaria a remoção dos pontões de interligação dos decks, disponibilizando o todo o espaço para os containers.
Sua capacidade total é de 2.233 containers
de 20’ ou 1.031 de 40‘ mais 121 unidades de 20’, sendo possível em
ambas as configurações o transporte de 200 unidades frigoríficas. Para
movimentação de cargas possuem 3 guindastes eletro-hidráulicos
capacitados para 40 toneladas para até 32 metros de distância.
Com grande versatilidade, possuem uma rampa angulada a BE do tipo Mac Gregor-Navire, com 15 metros de largura em sua porta de cesso ao navio e 8 metros de largura em sua extremidade, com 31,6 metros de comprimento. A rampa pode operar com trânsito nos dois sentidos com cargas de até 500 toneladas. Isto proporciona o transporte de cargas com peso e dimensões excepcionais.
Todo seu sistema de controle de lastro, ventilação e estabilidade são controlados por um sistema de computadores localizado no Centro de Controle de Carga do navio, sendo seu lastro automaticamente compensado conforme a movimentação de cargas. A monitoração dos containers frigoríficos também é automatizada.
A praça de máquinas também é totalmente computadorizada, sendo que os motores auxiliares foram especialmente projetados para operação ilimitada, mesmo com 20% abaixo de sua capacidade nominal.
O passadiço, assimétrico, é totalmente digitalizado com sistemas IVMS Sperry de controle de navegação, sistemas de radares Arpa e piloto automático ADG, o qual permite seu comando por penas um homem, tendo consoles de comando também em ambas as asas do passadiço, bem como o controle de seu bow thruster (sistema de hélices transversais auxiliares para manobras de atracação e desatracação). Também, seu sistema de radiocomunicação está no estado-da-arte da tecnologia.
Com grande versatilidade, possuem uma rampa angulada a BE do tipo Mac Gregor-Navire, com 15 metros de largura em sua porta de cesso ao navio e 8 metros de largura em sua extremidade, com 31,6 metros de comprimento. A rampa pode operar com trânsito nos dois sentidos com cargas de até 500 toneladas. Isto proporciona o transporte de cargas com peso e dimensões excepcionais.
Todo seu sistema de controle de lastro, ventilação e estabilidade são controlados por um sistema de computadores localizado no Centro de Controle de Carga do navio, sendo seu lastro automaticamente compensado conforme a movimentação de cargas. A monitoração dos containers frigoríficos também é automatizada.
A praça de máquinas também é totalmente computadorizada, sendo que os motores auxiliares foram especialmente projetados para operação ilimitada, mesmo com 20% abaixo de sua capacidade nominal.
O passadiço, assimétrico, é totalmente digitalizado com sistemas IVMS Sperry de controle de navegação, sistemas de radares Arpa e piloto automático ADG, o qual permite seu comando por penas um homem, tendo consoles de comando também em ambas as asas do passadiço, bem como o controle de seu bow thruster (sistema de hélices transversais auxiliares para manobras de atracação e desatracação). Também, seu sistema de radiocomunicação está no estado-da-arte da tecnologia.
Os Navios
Navio | Prefixo | Casco | Lançamento | Entrega | Primeiro Comandante |
N/M Betelgeuse | PPSE | 403 | 27/06/1991 | 12/05/1992 | CLC Jairo Barbosa Lopes |
N/M Belatrix | PPSI | 404 | 10/12/1991 | ??/??/1992 | CLC Adalberto Nunes Neto |
Em outubro de 1999, o N/M Betelgeuse foi arrendado
ao armador Empresa de Navegação Aliança S/A, e teve seu nome alterado
para N/M Aliança Ipanema, o mesmo ocorreu com o N/M Belatrix em
setembro de 2000, passando a ser N/M Aliança Maracanã.
Ambos os navios, são certamente os mais versáteis navios já construídos no Brasil, sendo utilizados para o transporte das mais diversas cargas, entre containers e volumes especiais pesados, além de serem navios inegavelmente belos, robustos e seguros.
Ambos os navios, são certamente os mais versáteis navios já construídos no Brasil, sendo utilizados para o transporte das mais diversas cargas, entre containers e volumes especiais pesados, além de serem navios inegavelmente belos, robustos e seguros.
C a r a c t e r í s t i c a s (Main Particulars)
Classe
BETELGEUSE ( T 2 ) - FICHA TÉCNICA
|
|
Estaleiro Construtor: | EMAQ Engenharia e Máquinas S.A. - Rio de Janeiro |
Dimensões: | 192,20 mts de comprimento; 179,80 mts de comprimento entre perpendiculares; 32,26 mts de boca; 18,80 mts de pontal; 11,90 mts de calado totalmente carregado |
Capacidade de carga: | 2.233 contêineres de 20' sendo 200 unidades frigoríficas |
Deadweight: | 33.621 ton |
Propulsão: | Motor Sulzer 7RTA62 de 7 cilindros; com 19.320 bhp x 109 rpm |
Autonomia: | 12.000 milhas |
Velocidade máxima: | 19 nós |
Tripulação: | 23 tripulantes |
Equipamentos pra movimentação de carga: | Uma
rampa externa com pista de 15m de largura na porta e 8m de largura na
extremidade, comprimento de 36m;
Uma rampa interna com pista com pista
de 9m de largura até o convés intermediário e 6m até o convés
inferior, comprimento total de 64,8m; 3 guindastes com capacidade de 40ton a 40m, com "spreaders" semi-automáticos de 20' e 40'. |
Outras informações: | células
para contêineres intercambiáveis de 20'e 40';
impelidor lateral com hélice de passo
variável; passadiço assimétrico fora da linha de centro; sistema computadorizado gerenciador de navegação IVMS Sperry; piloto automático ADG e radares ARPA "touch screen" Sperry; controle remoto do motor principal no passadiço (console central e asas); controle do impelidor lateral nas asas do passadiço; sistema automático de lastro para compensação de banda; computador de carga Kockumation; sistema computadorizado de monitoração de contêineres frigoríficos; sistema computadorizado de monitoração do motor principal; sistema computadorizado de monitoração dos motores auxiliares. |
(1) Betelgeuse é o nome de uma estrela vermelha da constelação de Alfa-Orion, de magnitude de 0.50 e classe espectral M 2
(2) Belatrix é o nome de uma estrela vermelha da constelação de Gama-Orion, de magnitude 1.17 e classe espectral B 2.
Fontes (Sources)
-
Gomes, CLC Heli Camilo, arquivos pessoais
-
Transroll Navegação S/A, Brochura do Armador
-
Betelgeuse, A Estrela Vermelha da Transroll, Artigo da Revista Navegação, julho de 1991, nr. 62, Rio de Janeiro, RJ
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