Antigo braço logístico do Grupo EBX, pertencente ao empresário Eike Batista, a LLX agora é controlada pelo grupo americano EIG, que se tornou o acionista majoritário. Com a mudança, Eike Batista e o Grupo EBX são donos de 20% da empresa.
Em um fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários, a LLX informou na quarta-feira que está em discussões avançadas para alterar os acordos assinados entre a empresa e as subsidiárias com a OSX (empresa que atua na indústria naval do Grupo EBX). De acordo com a nota, a ideia é "atender aos interesses da companhia e do desenvolvimento do Superporto do Açu".
A LLX foi chamada a prestar esclarecimentos na comisão da Alerj por causa do impacto da desvalorização das empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, nas cidades do norte fluminense, segundo o presidente da comissão, deputado estadual Roberto Henriques (PSD). "O que motivou (a audiência) foi uma apreensão que reside na nossa região, no Brasil e no exterior com o que tem sido noticiado. Desde o aluno que está se preparando para o mercado, motivado pelos investimentos, até toda a economia e sociedade regional".
Diante de parlamentares e representantes das prefeituras da região e da sociedade civil, o diretor financeiro da LLX informou que está mantido o cronograma de obras dos terminais, do corredor logístico e das linhas de transmissão. O terminal TX1, usado para minérios, deve ficar pronto entre o fim de 2014 e o início de 2015, previu Figueiredo. Já o canal em que funcionará o terminal TX2, que deve ser usado principalmente por empresas da cadeia petrolífera, já deve ter as primeiras duas companhias em operação no fim deste ano.
Na primeira parte do projeto, R$ 1,7 bilhão deve ser investido pela LLX Minas-Rio até 2015; e no TX2, a LLX-Açu deve gastar R$ 1,2 bilhão este ano. De 2007 até junho deste ano, R$ 4,1 bilhões foram investidos, conforme o diretor. "O primeiro acordo com o Grupo EIG foi assinado em 14 de agosto, e até o dia 14 de outubro foi feito um levantamento que deixou o grupo mais confortável ainda", disse Figueiredo. De acordo com o diretor, com as obras, a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) no município de São João da Barra saltou de R$ 750 mil em 2002, para R$ 33 milhões em 2012.
Segundo o diretor, a empresa ampliou o número de funcionários no porto de 3,8 mil para 5,4 mil entre janeiro e outubro de 2013, sendo 54% para moradores da região. Já o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Norte Fluminense alega que a Acciona, que prestava serviço para a OSX (empresa de construção naval do Grupo EBX), demitiu cerca de 1,6 mil pessoas ao encerrar o contrato, e que a LLX demitiu mais 100.
A comissão da Alerj deve receber um porta-voz do Grupo EIG na próxima terça-feira (12) e marcará reuniões temáticas para tratar do condomínio industrial e do estaleiro, para a qual deve ser convidado um representante da OSX.
Fonte:
Agência Brasileconomia.terra.com.br
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