sábado, 24 de agosto de 2013

Médicos cubanos chegam ao país neste sábado (24)

A partir deste sábado (17), começam a chegar ao Brasil os 400 médicos cubanos que vem trabalhar no Brasil como parte do programa do governo federal que irá levar médicos para áreas carentes do país. Eles iniciam, junto com outros 244 profissionais (brasileiros e estrangeiros), um período de três semanas de treinamento e avaliação antes de serem encaminhados aos municípios onde irão trabalhar.

ENTENDA A PROPOSTA DO GOVERNO

  • Arte/UOL
    Governo Federal quer atrair médicos para as periferias e interior do país
Durante três semanas, eles terão aulas sobre saúde pública brasileira, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e língua portuguesa, totalizando uma carga horária de 120 horas.
Os médicos vão participar de aulas expositivas, oficinas e simulação de consultas e de casos complexos. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde. Nas aulas, serão abordados temas como legislação, funcionamento e atribuições do SUS, doenças prevalentes e aspectos éticos e legais da prática médica.
Aos médicos que vão atuar em áreas indígenas, além do módulo que será oferecido a todos os profissionais estrangeiros, haverá aulas complementares específicas sobre a saúde desses povos. Nesse caso, as aulas ocorrerão em Brasília.
Todo o material que será usado foi elaborado por uma comissão formada por professores de universidades federais inscritas no programa, escolas de saúde pública e programas de residência, sob orientação do Ministério da Educação (MEC).

Após a capacitação, os médicos aprovados receberão um registro provisório do Conselho Regional de Medicina (CRM). O documento terá validade restrita à permanência do médico no projeto e para atuar na atenção básica apenas na região indicada pelo programa.
Por isso, segundo argumenta o governo, esses profissionais não precisarão passar pelo chamado Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior), que se aplica para o trabalho por período indeterminado de médico com diploma de instituição estrangeira.

Mais Médicos é visto como boa oportunidade por profissionais experientes e recém-formados


Inscrita no programa Mais Médicos, a pediatra Beatriz Thomé atuou em São Paulo, nos Estados Unidos e em vários países da África, especializando-se no controle do vírus HIV. Já o médico recém-formado Rafael Araújo, que também aderiu à iniciativa, sempre trabalhou no estado do Rio de Janeiro e planeja fazer uma especialização. Com níveis diferentes de experiência, os dois têm em comum o fato de considerarem o programa do governo federal uma boa oportunidade de trabalho.

Beatriz viu no Mais Médicos uma opção interessante de reingresso no mercado de trabalho do país. Há seis meses no Brasil, ela passou os últimos oito anos como pesquisadora na organização International Center for AIDS Care and Treatment Programs, vinculada à Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Durante esse período, atuava como consultora técnica para tratamento de crianças com HIV em Moçambique e dividia o tempo entre as cidades de Maputo, Madeira e Nova York.

No momento, trabalha à distância para a universidade norte-americana, enquanto espera o início das atividades no âmbito do Mais Médico. “Estou curiosa pra conhecer o programa por dentro”, diz a médica, que é especialista em saúde pública.

Beatriz vai atuar no município de São Paulo, onde nasceu e se formou. Ela saiu do Brasil assim que terminou a residência e conta que sempre quis trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). Para a pediatra, a humanização do atendimento é fundamental. “O médico tem que se aproximar do paciente, escutar. Esse é um dos pilares do SUS”.

O generalista Rafael Araújo concorda. “É preciso olhar o paciente não como doente, mas como pessoa”, afirma. Formado há dois anos, Araújo considera que o trabalho no Mais Médicos é uma boa chance de profissionais jovens como ele terem um bom emprego.

O médico vai atuar no Rio de Janeiro, município onde mora atualmente. “Mas, se precisarem de mim em outro lugar do estado, não vejo problema nenhum em ir. O Brasil precisa de atendimento para a população carente, não só para os que têm planos privados”, ressalta. Araújo está em dúvida sobre qual especialização fazer e acredita que passar um tempo no programa vai ajudá-lo a se decidir.

Seleção O primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Esse grupo contempla 1.096 médicos que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os profissionais vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria (67,3%) das regiões onde os médicos vão trabalhar, sejam brasileiros ou estrangeiros, está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros (32,7%) vão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.

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Este é um informe publicitário de autoria do Ministério da Saúde e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.

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