sexta-feira, 6 de setembro de 2013

NSA 'defende a liberdade', diz diretor da agência em conferência de hackers

Entidade é a responsável pela espionagem no governo dos EUA.
Plateia da Black Hat aplaudiu general e intervenções do público.


O general do Exército Keith Alexander, chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), defendeu as ações do órgão em conferência de segurança "Black Hat", em Las Vegas. (Foto: Isaac Brekken/Associated Press)

O general do Exército Keith Alexander, chefe da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) defendeu as ações do órgão, durante palestra realizada nesta quarta-feira (31) na conferência de segurança "Black Hat", em Las Vegas.
O militar disse que estava lá para "pedir auxílio" dos especialistas, inclusive daqueles que acreditavam que os métodos de coleta de dados eram inadequados. Segundo ele, a agência emprega um forte controle sobre os dados.
De acordo com o general, as solicitações de dados feitas pela NSA são fiscalizadas pelo tribunal secreto FISA e apenas 22 colaboradores da agência podem autorizar as solicitações para obter informações de um número específico, que podem ser consultados por apenas 35 indivíduos. Em 2012, dados de apenas 300 números tiveram a consulta autorizada.
O general Alexander chegou a dizer que a NSA "defende a liberdade". "Bullshit", gritou um membro da audiência –uma maneira vulgar de dizer "mentira", em inglês. A intervenção foi recebida com aplausos, segundo informações do site "ZDNet".
Quando o militar informou que agentes da NSA se arriscam para defender a constituição norte-americana, e que isso "não era uma mentira", novamente o público aplaudiu.
O conteúdo das chamadas não está disponível para a NSA, segundo o chefe da agência. Ele disse que o objetivo do monitoramento é criar relatórios que serão encaminhados à polícia federal dos Estados Unidos, o FBI, e que esses dados foram diretamente responsáveis pela prisão de terroristas.
Espionagem
Informações vazadas pelo ex-agente da CIA Edward Snowden indicam que a NSA coletava dados de maneira indiscriminada e que a Verizon, uma das maiores operadoras de telefonia dos EUA, encaminhava informações sobre chamadas telefônicas enviadas e recebidas em sua rede para a agência.
O jornal "The Guardian" publicou nesta quarta-feira (31) uma reportagem sobre outro programa de monitoramento da NSA, o "XKeyScore". 
O programa permite que um agente da NSA visualize não só os metadados registrados pela agência, que incluiriam informações como o histórico de navegação de internet, mas também o conteúdo de e-mails e mensagens.
A reportagem do jornal afirma que um agente pode pesquisar no XKeyScore usando um número de telefone, endereço IP ou o idioma usado na atividade. O documento afirma que 300 terroristas teriam sido capturados pelo sistema. 
E-mails e chats do Facebook que foram obtidos pela agência também estão cadastrados na ferramenta. Um agente não precisa de autorização judicial para usar o sistema e consultar os dados, sendo necessário apenas que ele cadastre uma "justifica abrangente".
Os dados do XKeyScore seriam obtidos por meio dos outros programas da NSA, como o Prism, que envolveria a colaboração de provedores de serviços de internet, e o Blarney, que envolveria grampos nos cabos de fibra ótica nos quais os dados da internet trafegam.
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